Ao Norte de Inglaterra, para Este, no caminho da Escócia, Iorque mantém ainda o encanto de cidade antiga, parecida com uma senhora idosa que respira calma e paz. Hospedou, na sua juventude, imperadores romanos, e um, bispo desde o século VII; alojou Dinamarqueses e Normandos.
E foi a última residência dos numerosos mártires no tempo dos suplícios que seguiram, a nacionalização da Igreja, nos séculos XVI e XVII. A 4 de Julho de 1597 morreram em Iorque os Beatos Guilherme Andleby, sacerdote secular, Henrique Abbot, Tomás Warcop e Eduardo Fulthrop, três leigos. Andleby nascera em Éton, perto de Beverley, sé episcopal na Inglaterra do Norte. Recebeu educação protestante e fez os estudos em Cambridge, na planície a Nordeste do Tamisa, sede duma grande feira na Idade Média e orgulhosa da sua Universidade, criada no século XIII.
Andleby tinha uns 25 anos quando fez uma viagem no continente. Procurando chegar à Holanda, então em guerra com a Espanha, passou por Douai e falou com o reitor do seminário inglês. O jovem, adversário do papismo e mesmo de todas as religiões, foi tão completamente mudado que ficou em Douai e foi ordenado sacerdote em 1577.
Foi enviado como missionário para os condados de Iorque e de Lincoln, a Nordeste da Inglaterra. Acompanhou os católicos prisioneiros em Hull, não sem grandes perigos para ele. A tragédia terminou pelo enforcamento. E como se tratava de padre, foi entregue ao executor da justiça real, que o esquartejou.
O beato Eduardo Fulthrop foi executado no mesmo dia; era gentil-homem do condado de Iorque que se tinha reconciliado com a Igreja. O Beato Tomás Warcop foi simplesmente enforcado por oferecer guarida a Andleby. O Beato Henrique Abbot foi despedaçado, como Andleby e Fulthrop, por ter levado um terceiro a entrar na Igreja Católica. Abbot era originário de Holden, no condado de Iorque. Tinha sido enganado por um ministro protestante encarcerado em Iorque, o qual fingiu querer abjurar.
Abbot ofereceu-lhe os seus serviços e, embora não tivesse encontrado nenhum sacerdote para ajudar este pastor, foi condenado com três prisioneiros católicos, os veneráveis Jorge Errington, Guilherme Knight e Guilherme Gibson, que o pastor tinha denunciado para conseguir em paga ser solto. Anteriormente, já tinha havido em Iorque 18 mártires.
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