Evangelho segundo São João 3,16-21.
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita nele não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele».
Quem acredita nele não é condenado, mas quem não acredita nele já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho Unigénito de Deus».
E a causa da condenação é esta: a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque eram más as suas obras.
Todo aquele que pratica más ações odeia a luz e não se aproxima dela, para que as suas obras não sejam denunciadas.
Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz, para que as suas obras sejam manifestas, pois são feitas em Deus».
Tradução litúrgica da Bíblia
Terceira dominicana, doutora da Igreja,
copadroeira da Europa
Carta 27, ao cardeal Jacques Orsini
Uni-vos à caridade da cruz!
Foi a caridade que levou Deus a tirar-nos de Si mesmo, isto é, da sua infinita sabedoria, para que fôssemos felizes e pudéssemos participar na sua felicidade suprema. E foi esse o laço que, depois de o homem perder a graça devido ao seu pecado, uniu e ligou Deus à natureza humana e a transplantou em nós. Porque a vida foi enxertada na morte; nós estávamos mortos e a sua união connosco deu-nos a vida.
Desde que Deus foi assim transplantado no homem, o Homem-Deus correu, todo abrasado de amor, para a morte ignominiosa da cruz. Foi nesta árvore que quis ser enxertado o Verbo incarnado, pregado à cruz pelo amor e não pelos cravos, que não teriam sido suficientes para reter o Homem-Deus. O doce Mestre subiu a esse trono para nos ensinar a doutrina da verdade; e a alma que a segue não pode cair nas trevas.
Por isso, não durmais mais, meu Pai, porque sois uma fraca coluna por vós mesmo; mas uni-vos à árvore da cruz; ligai-vos por amor, por uma caridade inefável e sem limites, ao Cordeiro imolado que derrama o seu sangue de todas as partes do seu corpo. Que os nossos corações se derretam; chega de dureza e de negligência, porque o tempo não dorme. Permaneçamos com Deus pelo amor e um santo desejo, e já não teremos nada a temer.
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