Evangelho segundo São Lucas 13,1-9.
Naquele tempo, vieram contar a Jesus que Pilatos mandara derramar o sangue de certos galileus juntamente com o das vítimas que imolavam.
Jesus respondeu-lhes: «Julgais que, por terem sofrido tal castigo, esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus?
Eu digo-vos que não. E, se não vos arrependerdes, morrereis todos do mesmo modo.
E aqueles dezoito homens que a torre de Siloé, ao cair, atingiu e matou? Julgais que eram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém?
Eu digo-vos que não. E, se não vos arrependerdes, morrereis todos de modo semelhante.
Jesus disse então a seguinte parábola: «Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi procurar os frutos que nela houvesse, mas não os encontrou.
Disse então ao vinhateiro: "Há três anos que venho procurar frutos nesta figueira e não os encontro. Deves cortá-la. Porque há de estar ela a ocupar inutilmente a terra?"
Mas o vinhateiro respondeu-lhe: "Senhor, deixa-a ficar ainda este ano, que eu, entretanto, vou cavar-lhe em volta e deitar-lhe adubo.
Talvez venha a dar frutos. Se não der, mandá-la-ás cortar no próximo ano"».
Tradução litúrgica da Bíblia
(1102-1173)
Patriarca arménio
Jesus, Filho único do Pai,
§§ 677-679, SC 203
«Talvez venha a dar frutos»
Não me amaldiçoes como à figueira (cf Mt 21,19),
ainda que eu me assemelhe a uma árvore estéril,
para que a folhagem da fé
não seque com o fruto das minhas obras.
Antes, fixa-me no bem,
como o sarmento na vinha sagrada
de que teu Pai celeste cuida (cf Jo 15,2)
e que o Espírito faz frutificar pelo crescimento.
E à árvore que eu sou, estéril em frutos saborosos,
mas fecunda em frutos amargos,
não a arranques da tua vinha,
mas muda-a, cavando-lhe em volta.
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