PADRE HÉLIO DE PESSSATO LIBÁRDI(+) REDENTORISTA |
Para muitos fazer fofocas é uma verdadeira doença, que poderá ser curada com a ajuda de um bom profissional. Eles fofocam sobre a vida de pessoas que, às vezes, nem conhecem.
Aqueles que vivem repetindo conversas bobas ou boatos sobre os outros, fazem parte da lista de pessoas mais desagradáveis e chatas. São pessoas difíceis de se suportar.
As conversas fiadas contra pessoas são como a areia movediça. Quantas amizades foram destruídas, quantas calúnias ganharam espaço, envenenando tantos casamentos, famílias e fazendo até a pessoa perder o emprego. Mesmo as fofocas não prejudiciais, não deixam de ser um péssimo costume.
Há fofocas que nascem da raiva, as pessoas atacam com fofocas maldosas e maliciosas. Os problemas emocionais traem as melhores pessoas que procuram dar evasão aos seus próprios problemas e frustrações através da fofoca. Se somos capazes de amar, também somos capazes de odiar, mas precisamos saber tratar nossas emoções, reações e raivas. Há modos de descarregá-las sem ter que destruir os outros.
Há fofocas invejosas que aparecem principalmente quando sentimos mal-estar e descontentamento por causa da vantagem e o bem que os outros obtiveram. Estamos com inveja ou ciúme e isso está freqüentemente ligado a uma fofoca maliciosa; parece que falando estão se promovendo, rebaixando os outros e compensando o que falta em si mesmo. Trata-se de pessoas infelizes e quanto mais fofocam, mais aumentam sua insatisfação. Aqui entram também as fofocas dos “bonzinhos” que querem reformar o mundo. Esses são nojentos, muito próximo às víboras, pois não resolveram seus próprios conflitos e anseios.
Porém há fofocas que as pessoas usam para passarem por interessantes e divertidas, para chamar atenção; não percebem o papel que fazem e as intrigas que criam. Essas precisam aumentar sua auto-estima em vez de apelar. Essas fofocas preenchem lacunas nas conversas, são informações fúteis em pormenores exóticos, inteligentes.
Há fofocas verídicas, que revelam segredos, falhas desconhecidas. Elas se tornam calúnias e destroem pessoas, famílias, além de violar a confiança e o direito das pessoas à sua privacidade.
E o que dizer daqueles que dizem: “Olhe, só conto para você que é meu amigo ou amiga”. Não seria cristão, mas também não seria tão mal rezar para eles o salmo: “Que minha língua seque em minha boca...”.
Dessas verdadeiras pragas que são os fofoqueiros, temos de pedir a Deus que todos os dias nos livre deles.
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
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EDITORA SANTUÁRIO
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