PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA REDENTORISTA 52 ANOS CONSAGRADO 45 ANOS SACERDOTE |
Esta plantação é feita no mundo onde há também a semente do maligno. Esta parábola é explicada por Jesus com detalhes. Ele é o Filho que planta a boa semente no campo que é o mundo. Estas sementes são aqueles que pertencem ao Reino. O Maligno também planta sua semente. Os ceifeiros são os anjos. A colheita é o fim dos tempos. Os anjos retirarão do Reino todos os que fazem os outros pecar e os que praticam o mal. Depois os lançará na fornalha ardente. Os justos brilharão no Reino de seu Pai. Esta é a história do Reino de Deus no mundo: como uma plantação.
O cristão deve saber crescer num mundo adverso ao Reino de Deus. É preciso ser bom, mesmo quando o mundo é mau. Esta parábola mostra de maneira muito clara que nossa vida não é um mar de rosas, mas rosas em um mar revolto. A sabedoria não é destruir o mal, mas viver nele e ser a força do fermento na massa que cresce e modifica a situação. É preciso a paciência de deixar a má semente existir ao lado da gente. No momento da colheita é que se dará a separação. Não se trata de concordar ou justificar os que praticam o mal. Mas crescer juntos ate´o momento da colheita, como diz a parábola. A finalidade desta espera é dar tempo para a conversão. Então conhecemos a paciência de Deus, que é amor, que dá oportunidade, oferece os meios e remédios para que haja a transformação. Neste ponto entramos em outra parábolas onde o Bom Pastor vai em busca da ovelha perdida, e como verdadeiro médico, procura os doentes. Jesus na última ceia pede que Deus não “os tire do mundo, mas que os liberte do maligno” (Jo 17,15). A primeira leitura explica o procedimento de Deus: “dominando tua própria força, julgas com clemência e nos governas com grande consideração” (Sab 12,18).
A parábola da semente de mostarda e do fermento esclarece-nos que o Reino de Deus é pequeno, frágil como uma sementinha. O crescimento vem de dentro e é potente a ponto de não poder ser detido. Uma semente de eucalipto chega a ser uma árvore de dezenas de metros. No cristão esta força interior é o Espírito Santo “que vem em socorro de nossa fraqueza... e intercede dentro de nós com palavras que não sabemos dizer”.
(Leituras: Sabedoria 12,13.16-19;
Romanos 8,26-27; Mateus 13,24-43)
Homilia do 16º domingo do Tempo Comum
EM JULHO DE 2002
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