terça-feira, 21 de julho de 2020

REFLETINDO A PALAVRA - “Que Pai maravilhoso nós temos”!

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
52 ANOS CONSAGRADOS
44 ANOS SACERDOTE
Quando nos sentimos arrasados com nossa vida humana e, sobretudo espiritual, podemos ter uma certeza: temos uma casa para onde voltar, com a porta sempre aberta e com um Pai de braços abertos a nos esperar. E não só podemos voltar, mas podemos voltar e receber de volta tudo o que perdemos. Este é o tema da celebração deste domingo.
Conhecemos bem a parábola do filho pródigo, mas não a conhecemos bem. Jesus neste evangelho, diante da situação dos pecadores e publicanos que eram rejeitados pelos fariseus e acusavam Jesus de se misturar com esta gente, Ele conta a parábola do Pai Misericordioso. Nós chamamos a parábola do filho pródigo. Jesus contrapõe o amor do pai que recebe o filho e a má vontade do irmão mais velho em receber o irmão mais novo que errou. Ele descreve bem a situação do pecado e mais ainda a situação do pai que ama e quer de volta o filho perdido.
Vemos no Antigo Testamento Deus perdoando o povo. Deus sempre perdoa. É este o sentimento fundamental para a vida da comunidade. A porta estreita do Evangelho é a também a misericórdia de Cristo, nosso irmão mais velho que, seguindo o mesmo sentimento do Pai, acolhe cada um de nós, qualquer seja nossa situação. Vejamos o povo de Israel que tendo recebido os maiores milagres de Deus, tem a capacidade de fazer um bezerro de ouro e dizer: este é o deus que te fez sair do Egito. E pela intercessão de Moisés Deus desiste de destruir o povo. O Deus Homem, Jesus, não tem palavras de ameaça, só de perdão. A segunda leitura diz: Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores. Paulo é o primeiro a sentir a misericórdia, pois ele mesmo perseguira Cristo na pessoa dos cristãos. 
Nossa vida diante desta Palavra: sofremos em nós mesmos o peso do pecado, e como diz o salmo 50, pedimos a misericórdia. Sofremos de um mal muito grande que é a insegurança da salvação devido aos nossos pecados. Achamos que não merecemos o perdão. Não é correto este pensamento. Não podemos também ser como o irmão mais que diz: este teu filho gastou tudo com as prostitutas. O pai devolve-lhe a fraternidade: este teu irmão estava morto e voltou a viver, perdido e foi encontrado. Era necessário fazer uma festa. Sua volta é sempre uma festa. Ser igual ao Pai é ser misericordioso. 
Os que condenam os pecadores, vêem somente o mal, rejeitam os fracos, pecadores e humilhados pela vida, não tem a mentalidade e o modo de ser do Pai. São o irmão mal humorado que se tem por bonzinho e, mesmo vivendo na casa do pai, não aprendeu sua maior lição: a misericórdia que é o mandamento fundamental de Jesus. 
(Leituras: Ex. 32,7-11.13-14; 1 Tim 1,12-17; Lucas, 15,1-3.11-32)

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