Evangelho segundo São João 16,23b-28.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Em verdade, em verdade vos digo: tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo dará.
Até agora não pedistes nada em meu nome: pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa.
Tenho-vos dito tudo isto em parábolas mas vai chegar a hora em que não vos falarei mais em parábolas: falar-vos-ei claramente do Pai.
Nesse dia, pedireis em meu nome; e não vos digo que rogarei por vós ao Pai,
pois o próprio Pai vos ama, porque vós Me amastes e acreditastes que Eu saí de Deus.
Saí de Deus e vim ao mundo. Agora deixo o mundo e vou para o Pai».
Tradução litúrgica da Bíblia
São João-Maria Vianney(1786-1859)
Presbítero, Cura de Ars
Catecismo sobre a oração
«Até agora não pedistes nada em meu nome:
pedi e recebereis, para que a vossa alegria
seja completa»
Olhai, meus filhos, que o tesouro do cristão não está na Terra, mas no Céu (Mt. 6,20). Ora, o nosso pensamento deve estar onde está o nosso tesouro. O homem tem a bela função de orar e amar; orar e amar é a felicidade do homem na Terra.
A oração é uma forma de união com Deus. Quando se tem o coração puro e unido a Deus, sente-se um bálsamo, uma doçura que inebria, uma luz que encandeia. Nesta íntima união, Deus e a alma são como dois pedaços de cera fundidos um no outro, que jamais se podem separar. É coisa bela esta união de Deus com a sua pequena criatura; é uma felicidade que não se pode compreender. Nós não éramos dignos de rezar, mas Deus, na sua bondade, permitiu que falássemos com Ele. A nossa oração é um incenso que Deus recebe com um extremo agrado.
Meus filhos, vós tendes um coração pequeno, mas a oração dilata-o e torna-o capaz de amar a Deus. A oração é um antegozo do Céu, um fluxo do paraíso, que nunca nos deixa secos. É um mel que desliza pela alma e tudo dulcifica. Uma oração bem feita faz derreter as dores como o sol derrete a neve.
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