quarta-feira, 7 de novembro de 2018

EVANGELHO DO DIA 7 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 14,25-33. 
Naquele tempo, seguia Jesus uma grande multidão. Jesus voltou-Se e disse-lhes: «Se alguém vem ter comigo, e não Me preferir ao pai, à mãe, à esposa, aos filhos, aos irmãos, às irmãs e até à própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não pode ser meu discípulo. Quem de vós, desejando construir uma torre, não se senta primeiro a calcular a despesa, para ver se tem com que terminá-la? Não suceda que, depois de assentar os alicerces, se mostre incapaz de a concluir, e todos os que olharem comecem a fazer troça, dizendo: ‘Esse homem começou a edificar, mas não foi capaz de concluir’. E qual é o rei que parte para a guerra contra outro rei e não se senta primeiro a considerar se é capaz de se opor, com dez mil soldados, àquele que vem contra ele com vinte mil? Aliás, enquanto o outro ainda está longe, manda-lhe uma delegação a pedir as condições de paz. Assim, quem de entre vós não renunciar a todos os seus bens, não pode ser meu discípulo». Tradução litúrgica da Bíblia 
São Boaventura (1221-1274) 
franciscano, doutor da Igreja 
A Vida de São Francisco, 
Legenda major, cap. 2 
São Francisco renuncia a tudo para seguir Cristo 
O pai de Francisco queria que ele comparecesse perante o bispo para renunciar a todos os seus direitos de herdeiro, e que lhe restituísse o que ainda possuía. Como verdadeiro amante da pobreza, Francisco prestou-se de boa vontade à cerimónia, apresentou-se no tribunal do bispo e, sem esperar um momento nem hesitar sobre fosse o que fosse, sem esperar por uma ordem nem pedir qualquer explicação, despiu todas as suas roupas e entregou-as a seu pai. [...] A seguir, cheio de fervor e levado pela embriaguez espiritual, descalçou os sapatos e, completamente nu perante a assistência, declarou a seu pai: «Até agora chamei-te pai na Terra; doravante poderei dizer com segurança: "Pai Nosso que estais no Céu", pois foi a Ele que confiei o meu tesouro e entreguei a minha fé». O bispo, homem santo e muito digno, chorava de admiração ao ver os excessos a que o levava o seu amor a Deus; levantou-se, tomou o jovem nos braços, cobriu-o com o seu manto e mandou buscar alguma coisa para lhe vestir. Trouxeram-lhe um pobre manto de burel de um camponês que estava ao serviço do bispo. Francisco recebeu-o com gratidão e, apanhando em seguida do chão um pedaço de giz, traçou nele uma cruz: a veste significava este homem crucificado, este pobre meio despido. Foi assim que o servidor do Grande Rei ficou nu para caminhar atrás do seu Senhor, pregado à cruz na sua nudez.

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