quarta-feira, 31 de outubro de 2018

TODOS OS SANTOS E FINADOS

Poucos dias antes da celebração de Todos os Santos e dos Fiéis Defuntos, Dom Carlos Arcebispo no México, destacou a importância de nos prepararmos para a vida eterna: No dia de nossa morte, colheremos somente o que tivermos plantado. Quando vamos fazer uma viagem de recreio, preparamos um monte de malas e mochilas. Seriamos os mais estultos do mundo se, após a morte nos apresentássemos de mãos vazias perante o Juiz Eterno.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
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REFLETINDO A PALAVRA - “Eu vos envio”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA-REDENTORISTA
50 ANOS CONSAGRADO
1564. Como o Pai Me enviou
            Os evangelistas, ao narrarem o encerramento da missão de Jesus entre nós na realização da obra da redenção, salientam que os discípulos foram enviados em missão. Depois da Vinda do Espírito Santo se transformaram. Os próprios chefes do povo se admiravam da coragem e da sabedoria dos apóstolos que eles sabiam serem homens sem estudos e gente do povo (At 4,13). A força da Ressurreição era o estímulo e o dinamismo interior que impulsionava aqueles homens. Sentiam-se enviados ao anúncio do que ouviram e viram. Como Jesus estivera morto e agora estava vivo, o que se podia temer?  A presença de Jesus ressuscitado modificara suas vidas. Deram-se totalmente ao anúncio. Jesus lhes dissera: “Assim está escrito que o Messias devia sofrer e ressuscitar dos mortos ao terceiro dia e que, em seu nome, fosse proclamada a conversão e a remissão dos pecados a todas as nações a começar por Jerusalém. Vós sois testemunhas de tudo isso” (Lc 24, 46-48). “E eles saíram a pregar por toda a parte agindo com eles o Senhor e confirmando a Palavra por meio dos sinais que a acompanhavam” (Mc 16.20). Foram enviados por Jesus no momento da primeira aparição, como nos escreve João: “Como o Pai me enviou, também vos envio” e lhes deu o Espírito Santo: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados eles serão perdoados. Àqueles aos quais os retiverdes, eles serão retidos” (Jo 21-23). Se agora temos hoje no mundo mais de 1.250.000 católicos. Todos nasceram da Palavra anunciada por aqueles homens simples, mas cheios do Espírito Santo. Os maiores sinais não são os milagres, mas o acolhimento da Palavra anunciada. Os proclamadores da Ressurreição de Jesus estão em plena atividade pelo mundo inteiro.  Todos continuam o anúncio feito pelos apóstolos.
1565. Uma missão universal de perdão
A pregação dos apóstolos concluía convocando ao arrependimento e à conversão. Converter-se é reconhecer Jesus como Senhor e Cristo deixando de lado toda e qualquer outra segurança. São João ensina que é mentiroso quem diz que ama a Deus e não cumpre seus mandamentos (1Jo 2,4). A segurança é crer em Jesus, Aquele, que foi crucificado, ressuscitou e agora está à direita de Deus, isto é, no poder de Deus. Essa pregação dos apóstolos produziu seu efeito. O convite à conversão está unido ao perdão dos pecados. Este não é um ato privado e individual, mas projeto de reconciliação universal de todos com Deus e entre si.  A própria natureza espera esse momento de reconciliação (Rm 8,20-22). O pecado da humanidade destrói o mundo. Novos céus e nova terra começam aqui. O paraíso terrestre não é só um belo lugar de descanso, mas a terra fecundada pelo amor que produz frutos de justiça e fraternidade. É a terra prometida a Israel, conquistada definitivamente por Cristo onde o mal não tem morada. Crer é fazer um mundo novo.
1566. Continuadores de Cristo
Todos são chamados e enviados. Não é missão somente dos apóstolos, mas de todos. Os católicos jogam à responsabilidade de padres e bispos toda a missão da Igreja. Na verdade, estes estão a serviço dos anunciadores de Cristo. A força do apóstolo está em sua identificação com Cristo. Tornam-se assim continuadores de Cristo por sua união a Ele, revestidos internamente por Ele (Rm 13,14), Tornam-se sua presença entre as pessoas. A força da Evangelização pascal está na fé do apóstolo e em sua decisão fundamental de ser de Cristo. Por isso Pedro dirá com força: “Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós...” (At 15,28).
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EVANGELHO DO DIA 31 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 13,22-30. 
Naquele tempo, Jesus dirigia-Se para Jerusalém e ensinava nas cidades e aldeias por onde passava. Alguém Lhe perguntou: «Senhor, são poucos os que se salvam?». Ele respondeu: «Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque Eu vos digo que muitos tentarão entrar sem o conseguir. Uma vez que o dono da casa se levante e feche a porta, vós ficareis fora e batereis à porta, dizendo: ‘Abre-nos, senhor’; mas ele responder-vos-á: ‘Não sei donde sois’. Então começareis a dizer: ‘Comemos e bebemos contigo, e tu ensinaste nas nossas praças’. Mas ele responderá: ‘Repito que não sei donde sois. Afastai-vos de mim, todos os que praticais a iniquidade’. Aí haverá choro e ranger de dentes, quando virdes no reino de Deus Abraão, Isaac e Jacob e todos os Profetas, e vós a serdes postos fora. Virão muitos do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul, e sentar-se-ão à mesa no reino de Deus. Há últimos que serão dos primeiros e primeiros que serão dos últimos». Tradução litúrgica da Bíblia 
São Leão Magno (?-c. 461) papa, doutor da Igreja 
3.ª homilia para a Epifania 
«Virão muitos do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul, e sentar-se-ão à mesa no reino de Deus» 
Nos últimos tempos (1Pe 1,20), Deus, na sua bondade misericordiosa, quis vir em socorro do mundo que perecia e decidiu que a salvação de todas as nações se faria em Cristo. [...] Foi por elas que Abraão recebeu outrora a promessa de uma descendência inumerável, não gerada pela carne, mas pela fé. E esta geração é comparada à multidão das estrelas do céu (Gn 15,5), porque do pai de todas as nações não é esperada uma posteridade terrena, mas celeste. [...] Portanto, que «entre a totalidade das nações» (Rom 11,25), que todos os povos entrem na família dos patriarcas. Que os filhos da promessa recebam a bênção da raça de Abraão (Rom 9,8). [...] Que todas as nações da Terra venham adorar o Criador do universo. Que Deus não seja conhecido unicamente na Judeia, mas em todo o mundo, e que em toda a parte «o seu nome seja grande como em Israel» (Sl 75,2). [...] Irmãos, instruídos nestes mistérios da graça divina, em espírito de alegria, celebremos o chamamento das nações. Demos graças ao Deus da misericórdia «que nos chama a tomar parte na herança dos santos, na luz divina. Ele nos libertou do poder das trevas e nos transferiu para o reino do seu amado Filho» (Col 1,12-13). Como anuncia o profeta Isaías [...], «hão de invocar-Te nações que não Te conheciam; povos que Te ignoravam acorrerão a Ti» (55,5). Abraão viu esse dia e rejubilou (Jo 8,56) quando soube que os seus filhos segundo a fé seriam abençoados na sua descendência, isto é, em Cristo. Na fé, viu-se «pai de uma multidão de povos» e «deu glória a Deus, plenamente convencido de que Ele tinha poder para realizar o que havia prometido» (Rom 4,18-21).

VÉSPERAS DE TODOS OS SANTOS E HALLOWEEN

Reproduzimos a seguir um artigo sobre o Halloween que traz luzes interessantes sobre o assunto 
O guia definitivo do Halloween para católicos (não, não é compatível)
Redação da Aleteia | Out 29, 2018 
Das origens (fascinantes) dessa popular festividade, passando pela sua ruptura prática com a fé cristã até chegar à alternativa católica segura: o "Holywins".
    Todos os anos, no final de outubro, ressurge em diversos ambientes católicos o debate sobre a compatibilidade ou não entre a fé cristã e o “Dia das Bruxas”, cada vez mais conhecido no Brasil pelo nome importado: “Halloween”.
     A resposta para esse falso dilema se torna clara quando se levam em conta osfatos históricos e objetivos ligados ao surgimento, desenvolvimento, situação atual e conexões culturais dessa festividade folclórica (diga-se de passagem, aliás, a desconsideração dos fatos históricos e objetivos impede respostas claras seja qual for o assunto).
     É com base nos fatos, portanto, que podemos concluir de modo equilibrado que o Halloween pode até ter tido alguma relação de compatibilidade com a fé cristã nos seus inícios, mas esta não é mais a realidade dessa festividade há muito tempo.
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31 DE OUTUBRO - PORTEIRO DO CONVENTO MAIS DE 40 ANOS

Afonso Rodrigues (1532-1617) é um santo espanhol, filho de comerciantes. Devido à morte prematura do pai, precisou interromper os estudos para cuidar do comércio que ele deixou. Mas não tinha queda para negócio.A conselho da mãe, casou-se com Maria Juarez e teve dois filhos. Não teve sorte, porém. Logo morreram a esposa e os filhos. Minado pela dor e pelo remorso, pois pensava ter sido culpado de tudo isso, entregou-se a jejuns prolongados, vigílias de oração e outras penitências que quase puseram fim à própria vida. Finalmente entrou na Ordem dos Jesuítas e achou a paz. Exerceu durante mais de 40 anos o ofício de porteiro no convento de Monte Sião em Palmas, colônia da Espanha. Foi sempre um exemplo de humildade, obediência e seriedade no cumprimento dos deveres. Era proverbial sua obediência aos Superiores. A esse respeito contam-se vários casos. Certa vez negou-se a abrir a porta ao vice rei de Portugal, porque o seu Superior lhe dissera que não abrisse a porta para ninguém, fora do horário de atendimento. Escreveu diversos livros, entre os quais “Memórias” e “Prática da Perfeição Cristã”, sob a inspiração do Espírito Santo. Santo Afonso Rodrigues, grande místico do século XVI, rogue por nós!
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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31 de Outubro - São Quintino Mártir (século III)

As notícias sobre o apóstolo da Picardia são duvidosas. Certa é, de qualquer maneira, sua existência e o martírio sofrido em Vermand, cidade que hoje leva seu nome, Saint-Quintin, às margens do rio Somme. Segundo a tradição — reconstruída várias vezes e enriquecida de episódios lendários —, Quintino era romano, quinto filho de uma família numerosa (fato insólito no baixo império) e cristã. Partiu de Roma com alguns companheiros para evangelizar a Gália. Com ele estava Luciano, também mártir e santo. Os dois dividiram entre si o território da Picardia para evangelizar. Luciano escolheu Beauvais; Quintino estabeleceu-se em Amiens e, a partir daí, difundiu a mensagem evangélica nas regiões circunvizinhas. Fê-lo com muito sucesso, até o momento em que o prefeito romano julgou oportuno detê-lo e encerrá-lo na prisão, numa tentativa de fazê-lo mudar de opinião, talvez, devolvendo-o a Roma.
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WOLFGANG DE RATISBONA Bispo, Santo 924-994

No final do século I surgiu o novo contorno político dos países da Europa. Entre os construtores desse novo mapa europeu está o bispo são Wolfgang, também venerado como padroeiro dos lenhadores. Nascido no ano 924, na antiga Suábia, região do sudoeste da Alemanha, aos sete anos foi entregue à tutela de um sacerdote. Cresceu educado no Convento beneditino de Constança. Considerado um exemplo, nos estudos e no seguimento de Cristo, era muito devoto da eucaristia e tinha vocação para a vida religiosa. Saiu do colégio em 956, sem receber ordenação, para ser conselheiro do bispo de Trèves. Cargo que associou ao de professor da escola da diocese, onde arrebatava os alunos com sua sabedoria e empolgante maneira de ensinar. Com a morte do bispo em 965, decidiu retirar-se no Mosteiro beneditino da Suíça. Três anos depois, terminado o noviciado, ordenou-se sacerdote e foi evangelizar a Hungria. Na época, esses povos bárbaros tentavam firmar-se como nação, mas continuavam a invadir e saquear os reinos alemães, promovendo grandes matanças de cristãos.
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AFONSO RODRIGUEZ Jesuíta, Santo 1531-1617

O SANTO PORTEIRO JESUÍTA

Esse predilecto da Santíssima Virgem, cuja festa comemoramos neste mês, tornou-se grande santo e místico na humilde função de irmão leigo
Afonso Rodríguez nasceu a 25 de julho de 1531, numa família de sete filhos e quatro filhas, sendo o segundo da numerosa prole. Como não era raro na época, seus pais, bastante virtuosos, criaram os filhos no amor e no temor de Deus e na devoção Àquela que é a Medianeira de todas as graças, Nossa Senhora.Desde pequeno Afonso aprendeu a invocá-La e, em sua inocência, confiava-Lhe todos seus desejos e apreensões. Certo dia ― estaria ele já entrando na adolescência ― num transporte de amor, disse à soberana Senhora: “Ó Senhora, se Vós soubésseis quanto Vos amo! Eu Vos amo tanto, que Vós não podeis amar-me mais do que eu a Vós”. Ao que, aparecendo-lhe, disse-lhe a Rainha dos Céus: “Você se engana, meu filho, porque eu o amo muito mais do que você pode me amar”.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE OUTUBRO


Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
flcastro22@gmail.com
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31– Quarta-feira – Santos: Afonso de Palma, Antônio de Milão
Evangelho (Lc 13,22-30) Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho para Jerusalém.”
Com finura e delicadeza Lucas chama nossa atenção para a coerência de Jesus. Ele ensinava e fazia uma proposta de vida, insistindo que devemos entregar-nos ao Pai, prontos a aceitar sua vontade. E continuava a caminho de Jerusalém, sabendo que ali o esperava a morte. Não renuncia a sua missão, por piores que possam ser as consequências. Isso ele nos ensina com seu exemplo de vida.
Oração
Senhor Jesus, mesmo não entendendo claramente o que dizíeis sobre o futuro em Jerusalém, os discípulos estavam temerosos. Mas vós sabíeis claramente o que vos esperava. Mesmo assim continuastes. Muitas vezes me apavoro diante das dificuldades que prevejo, e tenho vontade de encontrar caminho mais fácil. Perdoai-me e ajudai-me a imitar vosso exemplo, confiado somente em vós. Amém.

terça-feira, 30 de outubro de 2018

AS GLORIAS DE MARIA

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
Santo Afonso Maria de Ligório (+1787), fundador dos redentorista, deixou-nos o livro “As Glórias de Maria”, testemunho vivo do seu imenso amor à Mãe de Deus. Essa obra já alcançou cerca de mil edições em diversas línguas. Converteu tantas pessoas, quantas são as letras nele contidas. Certa ocasião, já com 80 anos, paralítico, desmemoriado e cego, Afonso estava ouvindo a leitura de um livro, feita pelo Irmão Romito. Cada vez mais emocionado com o que ouvia, perguntou: 
- Quanta coisa bonita sobre a “Madona”. Quem foi que escreveu esse livro? 
-O senhor já se esqueceu? Este é o livro “Glorias de Maria” escrito por Dom Afonso de Ligório. 
Ferido em sua modéstia, procurou disfarçar dizendo: 
-Meu Deus, obrigado porque me ajudaste a escrever esse livro em honra de tua Mãe.
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REFLETINDO A PALAVRA - “O Bom Pastor dá a Vida”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
50 ANOS CONSAGRADO
Conheço minhas ovelhas
Na casa de Cornélio, Pedro disse que Jesus “passou entre nós fazendo o bem e curando todos os que estavam em poder do diabo, porque Deus estava com Ele” (At 10,38). Ao definir sua missão, Jesus se dá o nome de bom Pastor. Não bom por ser bom, mas porque dá a vida pelas ovelhas. João, em seu Evangelho, explica essa missão: Dar a vida, defender do lobo que ataca e dispersa. Seu relacionamento com as ovelhas é de conhecimento na mesma intensidade do conhecimento que tem do Pai, pois é conhecimento de acolhimento e de entrega. O amor que tem para com o Pai é o mesmo que tem para com suas ovelhas. Sua missão nasce do amor que o Pai nos tem e pelo qual nos chama de filhos. Vivendo no amor do Pai dá a vida pelo rebanho e personaliza essa doação por cada ovelha. O amor doado em sua entrega é a energia que O move a realizar sua obra. Este amor não é fruto de sentimento nem de uma doutrina, mas é a própria comunhão de amor entre o Pai e o Filho. Temos o conhecimento pela fé que se concretiza pelo amor. A força de união do rebanho está nesse amor. Por isso Jesus convida a segui-Lo tomando a cruz (Mt 10,38). Não chama a estar com Ele só no sofrimento, mas também na glória. Diz ainda: Onde eu estiver ali estará também o meu discípulo (Jo 18,24). “Dou minha vida para recebê-la novamente” (Jo 10,18). A entrega é a razão pela qual o Pai O ressuscita. Podemos ter certeza que só seremos bons pastores do povo de Deus, se tivermos uma vida entregue pelo amor. Não há redenção sem cruz. Esse conhecimento se estende a outras ovelhas que querem também ser amadas por Deus através de nós. É o amor universal como teve Jesus. Sua missão foi sua entrega a toda humanidade. A terna imagem do Bom Pastor não tira a dureza do sofrimento do cordeiro mudo levado ao matadouro.
Conhecer pelo amor
            Temos dois tipos de conhecimento de Deus: conhecimento pela inteligência da fé e o conhecimento pelo amor. Não se separam, mas os vemos separadamente. A fé é a adesão à pessoa de Jesus. O conhecimento pelo amor é o que estabelece a experiência do Senhor: “Provai e vede como o Senhor é bom” (Sl 34,8).  Jesus afirma: “Conheço minhas ovelhas e elas Me conhecem, assim como o Pai Me conhece e Eu conheço o Pai” (Jo 10,14). É a força criadora do verbo conhecer na Sagrada Escritura. Refere-se também à união para a geração de uma nova vida. Por isso Jesus é o bom pastor porque dá a vida por suas ovelhas (15). Toda obra da redenção se faz na dinâmica do amor que conhece. Lembremos da aparição de Deus a Moisés quando pastor das ovelhas de Jetro: “Eu vi o sofrimento de meu povo no Egito e ouvi seus clamores por causa de seus opressores. Sim, Eu conheço seus sofrimentos” (Ex 3,7). A redenção se apoia no amor de Deus que conhece o que há no coração do homem. Jesus conhece o sofrimento e leva o amor ao extremo (Jo 13,1).
Pedra angular
            Pedro em suas palavras aos chefes explica que o paralítico foi curado pelo nome de Jesus. Ele é a pedra que vós, os construtores, desprezastes e se tornou a pedra angular. Em nenhum outro há salvação. Só por ele podemos ser salvos (At 4,10-11). Tudo é obra de sua misericórdia (Sl 117). Vivendo o tempo pascal rezamos na liturgia de hoje pedindo que sejamos conduzidos à comunhão das alegrias celestes (oração), e as ovelhas, redimidas pelo Sangue de Cristo, vivam nos prados eternos. Cada liturgia é um encontro com o Pastor que nos estimula a segui-lo até a cruz para chegar a sua Ressurreição.
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EVANGELHO DO DIA 30 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 13,18-21. 
Naquele tempo, disse Jesus: «A que é semelhante o reino de Deus, a que hei de compará-lo? É semelhante ao grão de mostarda que um homem tomou e lançou na sua horta. Cresceu, tornou-se árvore e as aves do céu vieram abrigar-se nos seus ramos». Jesus disse ainda: «A que hei de comparar o reino de Deus? É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado». Tradução litúrgica da Bíblia 
São Máximo de Turim (?-c. 420) bispo CC 
Sermão 25; PL 57, 509ss. 
«Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, 
fica só; mas, se morrer, dá muito fruto» (Jo 12, 24) 
Um homem tomou um grão de mostarda e deitou-o no seu quintal; «cresceu, tornou-se árvore e as aves do céu vieram abrigar-se nos seus ramos». Procuremos ver a quem se aplica tudo isto. [...] Penso que a comparação se aplica mais precisamente a Cristo Nosso Senhor, que, ao nascer na humildade da condição humana, qual semente, sobe finalmente ao Céu como árvore. Cristo é o grão esmagado na Paixão, que Se torna uma árvore na ressurreição. Sim, Ele é grão quando, faminto, sofre por falta de alimento; é árvore quando, com cinco pães, satisfaz a fome a cinco mil pessoas (Mt 14,13s). Ali, experimenta o despojamento da sua condição humana, aqui espalha a saciedade pela força da sua divindade. Diria que o Senhor é grão quando é ferido, desprezado, insultado; e árvore quando devolve a vista aos cegos, reanima os mortos e perdoa os pecados. Ele mesmo reconhece que é grão: «Se o grão de trigo lançado à terra não morrer...» (Jo 12,24).

30 DE OUTUBRO – O GRANDE “REZADOR”

Pe. Amando Passerat (1772-1858 ) é francês. Viveu no tempo das grandes revoluções e agitações políticas. Foi preso mais de uma vez. Foi arrolado nas tropas revolucionarias da França e promovido a comandante do esquadrão. Mas não estava contente. Sua vocação era outra. Arquitetou um plano de fuga: Aproveitando-se da sua posição no exército levou o batalhão para a fronteira com a Alemanha, e de noite passou para o outro lado. Foi preso pelos alemães, mas libertado ao saberem de suas opiniões sobre a República francesa. Agora começou sua peregrinação por cidades e paises, à procura de um seminário. Chegando a Varsóvia, juntou-se aos Redentoristas, e foi ordenado padre.Como não conhecesse nem o alemão nem o polonês, não podia trabalhar na pastoral direta. Assim foi professor de teologia, mestre de noviços e prefeito dos estudantes. São Clemente o descreve “como um homem de grande santidade e vir tu”.Tentou fundar comunidades redentoristas em vários lugares, mas sofreu humilhações e expulsões. Devido às dificuldades em trabalhar na ativa por causa das perseguições, ele se recolhe para rezar no silêncio. Tinha uma verdadeira paixão pela vida interior.Morreu com 86 anos, sem ter conseguido muita coisa, mas ficaram as sementes que logo brotariam fecundadas pelo seu suor.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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São Geraldo de Potenza, bispo, +1119

S.Geraldo era natural de Placência e transferiu-se para Potenza. No Martirológio Romano, é fixada a memória de São Geraldo, bispo de Potenza, na Lucânia. Foi escolhido bispo por suas virtudes. Morreu apenas oito anos após a sua escolha para o episcopado. O seu sucessor, Manfredo, escreveu a vida do bispo S. Geraldo. Mas há outro Geraldo, também ele de Potenza, que teve fama bem superior ao bispo medieval. Trata-se de São Geraldo Majela, um dos santos mais populares da Itália meridional (+1755). E há motivo para esta popularidade: ele era invocado sobretudo pelas gestantes e parturientes. Sua vida está repleta de privações, de sofrimentos, de humilhações, mas tudo está profundamente animado, finalizado com um encontro vivo e pessoal com Deus. São Geraldo, no seu leito de morte, podia afirmar não saber o que fosse uma tentação impura: tinha sobre a mulher uma concepção superior - olhava toda a mulher como uma imagem de Nossa Senhora, "louvor perene à Santíssima Trindade". Eram entusiasmos místicos de uma alma simples, mas cheia de amor espiritual. Exclamava frequentemente: "Meu querido Deus, meu Espirito Santo", sentindo dentro de si a bondade e o amor infinitos de Deus.

30 de Outubro - São Marcelo Mártir (+298)

O martírio de São Marcelo está estreitamente ligado ao de são Cassiano, e sua Paixão é um belo exemplo de autenticidade, graças a sua prosa enxuta, essencial e sem digressões, sem os enriquecimentos usuais na história dos primitivos cristãos. Marcelo era um centurião do exército romano da guarnição de Tânger. Como tal, foi enviado a participar dos festejos do aniversário do imperador Diocleciano. Era sabido que, em tal circunstância, os participantes deveriam honrar uma estátua do imperador com o gesto de lançar incenso no braseiro posto a seus pés, o que os cristãos consideravam idolátrico. Marcelo recusou-se a fazê-lo e, para mostrar-se coerente, retirou as insígnias de centurião, jogou-as aos pés da estátua e declarou-se cristão, o que era passível da pena capital. Foi chamado o escrivão para que redigisse uma ata oficial sobre a rebeldia do centurião. 
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MARIA RETISTUTA KAFKA Religiosa, Mártir, Beata 1894-1943

No dia primeiro de maio de 1894, nasceu Helene, filha de Anton e Maria Kafka, na cidade de Brno, atual República Checa. Naquele tempo, a região chamava-se Moravia, e estava sob o governo do imperador austríaco Francisco José. Em 1896, a família Kafka transferiu-se para Viena, capital do Império Austro-Húngaro. Helene concluiu os estudos e formou-se enfermeira, com o desejo de tornar-se religiosa. No início, conformou-se com a negativa dos pais, mas, ao completar vinte anos, ingressou na Congregação das Franciscanas da Caridade Cristã, agora com a bênção da família. Como religiosa, adotou o nome de irmã Maria Retistuta, o primeiro em homenagem a sua mãe e o segundo a uma mártir do século I. Mas logo recebeu o apelido carinhoso de "irmã Resoluta", pelo seu modo cordial e decidido e por sua segurança e competência como enfermeira de sala cirúrgica e anestesista. No hospital de Modling, em Viena, a religiosa tornou-se uma referência para os médicos, enfermeiras e, especialmente, para os doentes, aos quais soube comunicar com lucidez o amor pela vida, na alegria e na dor.
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Beata Serafina Micheli: a visão de Lutero no Inferno

     Em 1883, a Bem-aventurada Sóror Maria Serafina Micheli (1849-1911), fundadora do Instituto das Irmãs dos Anjos, passava pela cidade de Eisleben, na Saxônia, Alemanha. Eisleben é a cidade natal de Lutero. E naquele dia comemorava-se o quarto centenário do nascimento daquele grande heresiarca (10 de novembro de 1483).
     Lutero dividiu a Igreja e a Europa. Dessa divisão adviriam crudelíssimas guerras de religião que duraram décadas a fio.
     A população aguardava o imperador alemão Guilherme I que devia presidir as solenidades.
     A futura beata não se interessou pela agitação e seu único desejo era encontrar uma igreja onde pudesse rezar e visitar a Jesus Sacramentado. As igrejas estavam fechadas e já era noite. 
     Na escuridão localizou uma com as portas trancadas, mas se ajoelhou nos degraus de acesso. Pela falta de luz não percebeu que a igreja não era católica, mas protestante. 
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE OUTUBRO


Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
flcastro22@gmail.com
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Terça-feira – Santos: Lupércio, Geraldo de Potenza, Zenóbia
Evangelho (Lc 13,18-21) O Reino de Deus “é como o fermento que a mulher toma e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”.
Com duas parábolas Jesus fala da ação de Deus que nos salva. É uma ação discreta, que parece até desprezível, mas que infalivelmente realiza o que pretende. Age de maneira oculta, transformando por dentro as pessoas e as realidades, fazendo surgir uma vida nova, livrando-nos do pecado e fazendo-nos participantes da vida divina, levando-nos para uma perfeita felicidade eterna.
Oração
Senhor, tomai conta de toda a minha vida, fazei crescer em mim a vida nova, transformai-me interiormente, afastando de mim toda injustiça e todo o pecado. Dai sabor a minha vida, fazei de mim pão para a felicidade de meus irmãos. Creio no poder transformador de vossa graça. Não permitais que resista a vossos convites e impulsos; levai-me pelos caminhos que bem quiserdes. Amém.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

QUEM DESPREZA O POUCO...

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
Era uma vez um sitiante que, após fazer as compras no arraial, montou no cavalo e rumou para a sua roça. Logo na saída notou que o animal mancava. Havia caído um cravo da ferradura. Seria fácil consertar, pois o ferreiro estava logo ali. 
-“Vai atrasar a viagem”, pensou. 
E tocou para frente. Mas aconteceu o pior. Os outros cravos foram afrouxando. A ferradura, solta no casco, machucava cada vez mais. O cavalo não quis continuar nem a poder de lambadas. O homem precisou passar a mercadoria para seus ombros. Em vez de chegar de noitinha, como planejara, chegou quase à meia-noite, carregando peso, puxando o cavalo pelas rédeas. 
Quem despreza as coisas pequenas, cairá pouco a pouco nas grandes (Ecl 19,1).
Senhor, ajuda-nos: A corrigir os pequenos defeitos, para não cairmos nos grandes.A cortar o mal pela cabeça, antes que ele cresça.A convencer-nos de que “o que o Joãozinho não aprendeu, o João não aprende mais”.
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REFLETINDO A PALAVRA - “Coração de pobre”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
50 ANOS CONSAGRADOS
2109. As bem-aventuranças
           O Papa Francisco em seu ensinamento sobre a santidade, Gaudete et exultate, nos oferece a definição que dá o Evangelho. E diz em um texto sintético: “Sobre a essência da santidade, há muitas teorias, abundantes explicações e distinções. Uma reflexão sobre essas ideias poderia ser útil, mas não há nada de mais esclarecedor do que voltar às palavras de Jesus e recolher o seu modo de transmitir a verdade. Jesus explicou, com toda a simplicidade, o que é ser santo; Ele o fez quando nos deixou as bem-aventuranças (Mt 5,3-12; Lc 6,20-23). Estas são como que o bilhete de identidade do cristão. Assim, se um de nós se questionar sobre ‘como fazer para chegar a ser um bom cristão’, a resposta é simples: ‘é necessário fazer – cada qual a seu modo – aquilo que Jesus disse no sermão das bem-aventuranças’. Nelas está delineado o rosto do Mestre, que somos chamados a deixar transparecer no dia-a-dia da nossa vida” (GE 63). Maravilhosa apresentação. Vemos pela história da espiritualidade que se fez de tudo para viver a santidade. Mas só ficou santo quem viveu a experiência das bem-aventuranças que foi o caminho que fez Jesus. Examinemos bem o que há por aí de doutrina sobre santidade. No evangelho é claro. Isso não é poesia. É o caminho da cruz, não da dor, mas da entrega total de si a Deus e aos irmãos. Se na Igreja se vive de um modo tão distante ao evangelho, o que dizer do mundo oposto ao Reino. Quem caminha pelas bem-aventuranças está contracorrente. Foi assim que viveu Jesus. Seus valores são completamente diversos dos valores do mundo. Jesus nos desafia.
2110. O Reino pertence ao pobres.
            Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu(Mt 5,3). Essas palavras têm gerado muitas interpretações, mas pobre que é pobre, é pobre. Não há pobreza sem ser pobre. Assim escreve Papa Francisco: “O Evangelho convida-nos a reconhecer a verdade de nossa vida, para ver onde colocamos a segurança do nosso coração. Normalmente, o rico sente-se seguro com as suas riquezas e, quando estas estão em risco, pensa que se desmorona todo o sentido da sua vida na terra” (GE 67). A pobreza não está nos bolsos, mas no coração. O Papa continua: “As riquezas não te dão segurança alguma. Mais ainda: quando o coração se sente rico, fica tão satisfeito de si mesmo que não tem espaço para a Palavra de Deus, para amar os irmãos, nem para gozar das coisas mais importantes da vida. Deste modo priva-se dos bens maiores. Por isso, Jesus chama felizes os pobres em espírito, que têm o coração pobre, onde pode entrar o Senhor com a sua incessante novidade” (GE 68). Pobreza de coração tem sua riqueza no Senhor. Os bens materiais enchem os cofres, os bens espirituais enchem o coração vazio de bens materiais.
2111. Ser pobre no coração: isto é santidade.
            A pobreza de espírito nos esvazia de tudo, não só de bens materiais. “Esta pobreza de espírito está ligada à “santa indiferença” proposta por Santo Inácio de Loyola, na qual alcançamos uma estupenda liberdade interior(GE 69). Lucas não fala de pobreza “em espírito”, mas simplesmente de ser “pobre” (Lc 6, 20), convidando-nos assim a uma vida também austera e essencial. Desta forma, chama-nos a compartilhar a vida dos mais necessitados, a vida que levaram os Apóstolos e, em última análise, a configurar-nos a Jesus, que, “sendo rico, Se fez pobre” (2 Cor 8,9) (GE 70). Sem a pobreza material não poderemos, com facilidade, nos libertar dos bens materiais. O desapego deve ser total e deve atingir todas as dimensões de nossa vida. É a indiferença, porque temos tudo em Cristo. O pouco nos basta e nos faz felizes.
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EVANGELHO DO DIA 29 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 13,10-17. 
Naquele tempo, estava Jesus a ensinar ao sábado numa sinagoga. Apareceu lá uma mulher com um espírito que a tornava enferma havia dezoito anos; andava curvada e não podia de modo algum endireitar-se. Ao vê-la, Jesus chamou-a e disse-lhe: «Mulher, estás livre da tua enfermidade»; e impôs-lhe as mãos. Ela endireitou-se logo e começou a dar glória a Deus. Mas o chefe da sinagoga, indignado por Jesus ter feito uma cura ao sábado, tomou a palavra e disse à multidão: «Há seis dias para trabalhar. Portanto, vinde curar-vos nesses dias e não no dia de sábado». O Senhor respondeu: «Hipócritas! Não solta cada um de vós do estábulo o seu boi ou o seu jumento ao sábado, para o levar a beber? E esta mulher, filha de Abraão, que Satanás prendeu há dezoito anos, não devia libertar-se desse jugo no dia de sábado?». Enquanto Jesus assim falava, todos os seus adversários ficaram envergonhados e a multidão alegrava-se com todas as maravilhas que Ele realizava. Tradução litúrgica da Bíblia 
Catecismo da Igreja Católica §1730; 1739-1742 
 «E esta mulher, filha de Abraão, que Satanás prendeu há dezoito anos, não devia libertar-se desse jugo?» 
Deus criou o homem racional, conferindo-lhe a dignidade de pessoa dotada de iniciativa e do domínio dos seus próprios atos. «Deus quis "deixar o homem entregue à sua própria decisão" (Sir 15, 14), de tal modo que procure por si mesmo o seu Criador e, aderindo livremente a Ele, chegue à total e beatífica perfeição»: «O homem é racional e, por isso, semelhante a Deus, criado livre e senhor dos seus atos» (Santo Ireneu). [...] A liberdade do homem é finita e falível. E, de facto, o homem falhou. Livremente, pecou. Rejeitando o projecto divino de amor, enganou-se a si mesmo; tornou-se escravo do pecado. Esta primeira alienação gerou uma multidão de outras. A história da humanidade, desde as suas origens, dá testemunho de desgraças e opressões nascidas do coração do homem, como consequência de um mau uso da liberdade. [...] Afastando-se da lei moral, o homem atenta contra a sua própria liberdade, agrilhoa-se a si mesmo, quebra os laços de fraternidade com os seus semelhantes e rebela-se contra a verdade divina. Pela sua cruz gloriosa, Cristo obteve a salvação de todos os homens. Resgatou-os do pecado, que os retinha numa situação de escravatura. «Foi para a liberdade que Cristo nos libertou» (Gal 5,1). N'Ele, nós comungamos na verdade que nos liberta (Jo 8,32). Foi-nos dado o Espírito Santo e, como ensina o Apóstolo, «onde está o Espírito, aí está a liberdade» (2Cor 3,17). Já desde agora nos gloriamos da «liberdade dos filhos de Deus» (Rom 8,21). A graça de Cristo não faz concorrência, de modo nenhum, à nossa liberdade, quando esta corresponde ao sentido da verdade e do bem que Deus colocou no coração do homem. Pelo contrário, e como certifica a experiência cristã sobretudo na oração, quanto mais dóceis formos aos impulsos da graça, tanto mais crescem a nossa liberdade interior e a nossa segurança nas provações, como também perante as pressões e constrangimentos do mundo exterior. Pela ação da graça, o Espírito Santo educa-nos para a liberdade espiritual, para fazer de nós colaboradores livres da sua obra na Igreja e no mundo.

29 DE OUTUBRO – UMA VIDA INTEIRA PARA O PROXIMO

Assim foi São Caetano Errico. Secondigliano, cidade grande e populosa do norte de Nápoles, tinha muitos problemas. Entre outros, uma facção da máfia, drogas, mafiosos e Ganges de bandidos.Mas Secondigliano é também a terra de um santo. Trata-se do sacerdote Caetano Errico (1791-1860), fundador da congregação "Missionários do Sagrado Coração de Jesus e de Maria", canonizado em Roma pelo papa Bento XVI em 2008. Sua estátua na praça é bem visível. Está posicionada para ser vista de qualquer ângulo da cidade. Com a mão direita, ele abençoa, e com a mão esquerda, empunha o crucifixo. Éo segundo de nove filhos. Caetano se ordena padre. A sua vida sacerdotal transcorreu toda nessa cidade, na igreja paroquial de São Cosme e Damião. Em 1818, durante a pregação, teve uma aparição de Santo Afonso, comunicando que Deus o queria fundador de uma Congregação religiosa. Padre Caetano Errico foi homem de oração: passava horas ajoelhado na igreja ou no seu quarto. Foi homem de penitência, de constante serviço pastoral. Dedicava muito tempo atendendo confissões. Por isso a cidade mudou bastante.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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Santa Anastasia a Romana, Osiomartir – 29 de outubro

     Santa Anastásia a Romana não deve ser confundida com a mais conhecida Santa Anastásia de Sirmio comemorada no Martirológio Romano no dia 25 do mesmo mês.
     Nossa santa pertence à categoria dos osiomartires, ou seja, as monjas e mártires.
     Embora não houvesse mosteiros masculinos e femininos como hoje temos, é verdade que desde o século II havia pequenas comunidades de virgens consagradas a Deus. Elas cuidavam da igreja local, o que é atestado por Santo Atanásio na vida de Santo Antônio, o Grande, e mesmo Santo Inácio de Antioquia (ou pseudo), que na epístola aos filipenses diz: “Saúdo as comunidades das virgens sagradas”.
     As virgens consagradas a Deus às vezes viviam em suas casas e reuniam-se para momentos de oração, ou para decidir como suprir as necessidades da Igreja local, especialmente a assistência aos pobres, às viúvas e aos órfãos.
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Santa Ermelinda, Virgem do Brabante (Bélgica) - 29 de outubro

Ermelinda nasceu em Lovenjoul, próximo de Louvain, no Brabante (atual Bélgica), filha de Ermenoldo e Armesinda, de ilustre família ligada aos duques do Brabante. Recebeu uma educação adequada à sua classe social, mas longe de prender seu coração aos atrativos da vaidade ou ao brilho da grandeza, desde criança ela aspirava pela vida solitária, pela oração e pela meditação das Escrituras.
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CHIARA LUCE BADANO Virgem, Beata 1971-1990

Chiara Luce Badano nasceu a 29 de Outubro de 1971, em Sassello, uma pequena cidade nos Apeninos. Era a primeira e única filha de Rogero Badano, camionista e de Mª Teresa Caviglia, operária, casados há 11 anos  sem conseguirem ter filhos. O pai pediu a Nossa Senhora da Rocha a graça da paternidade e viu o seu pedido atendido. A mãe testemunhava que “mesmo com essa alegria imensa compreenderam logo que ela não era somente sua filha, mas que era antes de tudo, filha de Deus". A mãe deixou de trabalhar para cuidar da filha. Chiara revelou-se desde cedo uma criança inteligente, viva, desportiva e muito comunicativa. Era conciliadora, mas não abdicava de defender as suas ideias. Recebeu desde cedo uma sólida educação cristã, graças aos pais, mas também à sua integração na comunidade paroquial, cujo pároco lhe dá fascinantes aulas de catequese, e ainda pela influência das amizades que Chiara constrói. Aos 9 anos participa num encontro das “Gen 3” do movimento Foccolare. Aí conhece o ideal da unidade. 
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CAETANO ERRICO Presbítero, Fundador, Beato (1791-1860)

Tornou-se santo, passando toda a sua vida nas ruas difíceis do bairro napolitano de Secondigliano onde nasceu em 1791 e ali faleceu em 1860 e no confessionário onde, de braços abertos, acolhia sobretudo quem tinha cometido faltas graves. Assim viveu Caetano Errico, fundador dos missionários dos Sagrados Corações de Jesus e Maria. Ainda em vida, já era chamado "o santo" e "o superior", por se ter tornado a referência natural para todas as famílias. A sua canonização João Paulo II beatificou-o a 14 de Abril de 2002 é um sinal de esperança para Secondigliano que tem na igreja da "Addolorata", por ele construída, uma recordação concreta e visível da sua obra. No início do seu sacerdócio, foi professor de escola municipal e deu vida a uma pastoral inovativa, assistindo os doentes do Hospital dos Incuráveis de Nápoles e comprando-lhes os remédios; ajudando os mais necessitados; sustentando as famílias que não tinham dinheiro para pagar a renda, evitando que caíssem nas mãos de usurários; visitando os encarcerados e procurando garantir-lhes uma reinserção social. 
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MIGUEL RUA Sacerdote salesiano, Beato 1837-1910

Miguel Rua nasce em Turim no dia 9 de junho de 1837. Último de 9 filhos, perde o pai aos oito anos. Estudou com os Irmãos das Escolas Cristãs até à terceira série elementar. Deveria começar a trabalhar na Real Fábrica de Armas de Turim, onde o pai era operário, mas Dom Bosco – que aos domingos ia confessar na escola – propôs-lhe continuar os estudos com ele, garantindo-lhe que a Providência pensaria nas despesas. Certo dia, Dom Bosco distribuía algumas medalhas aos seus meninos. Miguel era o último da fila e chegou atrasado, mas ouviu Dom Bosco dizer: "Toma, Miguelzinho!". O padre, porém, não lhe estava dando nada, mas acrescentou: "Nós dois faremos tudo meio a meio", e assim foi de fato. Colaborador da Companhia da Imaculada com Domingos Sávio, foi aluno modelo, apóstolo entre os colegas. Dom Bosco lhe disse: "Preciso de ajuda. Farei com que recebas a veste dos clérigos; estás de acordo?". "De acordo!", respondeu. 
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