Evangelho segundo S. Mateus 5,33-37.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito aos antigos: "Não faltarás ao que tiveres jurado, mas cumprirás diante do Senhor o que juraste".
Eu, porém, digo-vos que não jureis em caso algum: nem pelo Céu, que é o trono de Deus;
nem pela Terra, que é o escabelo dos seus pés; nem por Jerusalém, que é a cidade do grande Rei.
Também não jures pela tua cabeça, porque não podes fazer branco ou preto um só cabelo.
A vossa linguagem deve ser: "Sim, sim; não, não". O que passa disto vem do Maligno».
Tradução litúrgica da Bíblia
Doroteu de Gaza (c. 500-?)
monge na Palestina
«Instruções», n.° 1, 6-8; SC 92
A Lei Nova
A Lei diz: «Olho por olho, dente por dente» (Ex 21,24). Mas o Senhor exorta-nos, não somente a recebermos a bofetada daquele que nos bate, mas ainda a
apresentarmos-lhe humildemente a outra face (Mt 5,38-39). É que o objetivo da Lei era ensinar-nos a não fazer o que não queremos suportar; ela impedia-nos de fazer o mal pelo medo de o sofrer. Mas o que agora nos é pedido, repito-o, é que rejeitemos o ódio, o amor ao prazer, o gosto pela glória e as outras paixões.
Numa palavra, a intenção de Cristo, nosso mestre, é precisamente ensinar-nos como fomos levados a cometer todos esses pecados e como caímos em todos esses dias maus. Portanto, Ele começou por nos libertar pelo santo batismo, concedendo-nos a remissão dos pecados; depois, deu-nos o poder de fazer o bem, se quisermos, e de não voltarmos a ser conduzidos, como que à força, para o mal.
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