sexta-feira, 9 de março de 2018

EVANGELHO DO DIA 9 DE MARÇO

Evangelho segundo S. Marcos 12,28b-34.
Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um escriba e perguntou-Lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?». Jesus respondeu: «O primeiro é este: ‘Escuta, Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças’. O segundo é este: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’. Não há nenhum mandamento maior que estes». Disse-Lhe o escriba: «Muito bem, Mestre! Tens razão quando dizes: Deus é único e não há outro além d’Ele. Amá-l’O com todo o coração, com toda a inteligência e com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, vale mais do que todos os holocaustos e sacrifícios». Ao ver que o escriba dera uma resposta inteligente, Jesus disse-lhe: «Não estás longe do reino de Deus». E ninguém mais se atrevia a interrogá-l’O.
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São Francisco de Sales (1567-1622), 
bispo de Genebra, doutor da Igreja 
«Sobre o amor às criaturas»
O verdadeiro amor 
Há certos amores que parecem extremamente grandes e perfeitos aos olhos das criaturas, e que diante de Deus são pequenos e de nenhum valor. E a razão é que estas amizadas não estão fundadas na verdadeira caridade, que é a caridade para com Deus, mas apenas em certas tendências e inclinações naturais. Pelo contrário, há outros amores que parecem extremamente reduzidos e vazios aos olhos do mundo, e que diante de Deus serão cheios e muito excelentes, porque os atos correspondentes se fazem apenas por Deus e em Deus, sem mistura do nosso interesse pessoal. Os atos de caridade que fazemos por aqueles que amamos desta maneira são mil vezes mais perfeitos, na medida em que tudo é puramente por Deus, mas os serviços e outras ajudas que prestamos àqueles que amamos por inclinação têm muito menos mérito, devido à grande complacência e satisfação que obtemos com a sua realização, e ao facto de, em geral, os fazermos mais por este movimento que por amor a Deus. Há ainda outra razão que torna as primeiras amizades de que falámos menores que as segundas: o facto de não durarem, uma vez que, sendo a sua causa tão frágil, logo que surge um obstáculo, esfriam e alteram-se; coisa que não acontece àquelas que são apenas em Deus, porque a sua causa é sólida e permanente. Os sinais de amizade que damos contra a nossa inclinação às pessoas pelas quais temos antipatia são melhores e mais agradáveis a Deus que aqueles que damos atraídos pelo afeto sensível. E a isto não deve chamar-se duplicidade nem dissimulação, porque o sentimento contrário que experimento reside na parte inferior de mim, e os atos que faço são feitos com a força da razão, que é a parte principal da minha alma. Assim, aqueles que nada têm de amável são felizes, porque o amor que se lhes dá é excelente, pois vem de Deus.
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