sexta-feira, 14 de julho de 2017

EVANGELHO DO DIA 14 DE JULHO

Evangelho segundo S. Mateus 10,16-23.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: «Envio-vos como ovelhas para o meio de lobos. Portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Tende cuidado com os homens: hão-de entregar-vos aos tribunais e açoitar-vos nas sinagogas. Por minha causa, sereis levados à presença de governadores e reis, para dar testemunho diante deles e das nações. Quando vos entregarem, não vos preocupeis em saber como falar nem com o que dizer, porque nessa altura vos será sugerido o que deveis dizer; porque não sereis vós a falar, mas é o Espírito do vosso Pai que falará em vós. O irmão entregará à morte o irmão e o pai entregará o filho. Os filhos hão-de erguer-se contra os pais e causar-lhes a morte. E sereis odiados por todos por causa do meu nome. Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo. Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo: não acabareis de percorrer as cidades de Israel, antes de vir o Filho do homem». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São Boaventura (1221-1274), franciscano, doutor da Igreja 
Vida de São Francisco, Legenda Major, cap. 11 
«Sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas»
Pela sua aplicação constante à oração e pela prática das virtudes, o homem de Deus Francisco chegou a uma tal limpidez de alma que, sem ter adquirido o conhecimento dos santos livros através do estudo, era, no entanto, esclarecido pelos raios da Luz eterna e penetrava, com uma acuidade espantosa, no mais profundo das Escrituras. O seu espírito, purificado de toda a mancha, conseguia aceder aos mistérios escondidos e o seu amor impetuoso abria as portas diante das quais escorrega a ciência dos mestres. [...] 
Uns irmãos pediram-lhe um dia, para aqueles que tinham estudado, a permissão de se entregarem ao estudo da Sagrada Escritura. Respondeu: «Permito-o na condição de eles não se esquecerem de se aplicar também na oração, como Cristo, que orou, segundo lemos, mais do que estudou (Lc 11,1; 2,46); e na condição de não estudarem unicamente para saberem como devemos falar mas, principalmente, para porem em prática o que tiverem aprendido e, depois de o terem posto em prática, para ensinarem aos outros o que devem fazer. Quero», acrescentou, «que os meus irmãos sejam discípulos do Evangelho e que os seus progressos no conhecimento da verdade acompanhem os seus avanços na pureza e na simplicidade, de forma a não separarem aquilo que o Mestre uniu com uma palavra da sua bendita boca: 'a simplicidade das pombas e a prudência das serpentes'». 

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