Evangelho segundo S. Mateus 17,22-27.
Naquele
tempo, estando ainda Jesus e os discípulos na Galileia, disse-lhes Jesus: «O
Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos homens, que hão de matá-l’O;
mas Ele ao terceiro dia ressuscitará». Os discípulos ficaram profundamente
consternados. Quando chegaram a Cafarnaum, os cobradores das didracmas
aproximaram-se de Pedro e perguntaram-lhe: «O vosso Mestre não paga a
didracma?». Pedro respondeu-lhes: «Paga, sim». Quando chegou a casa, Jesus
antecipou-Se e disse-lhe: «Simão, que te parece? De quem recebem os reis da
terra impostos ou tributos? Dos filhos ou dos estranhos?». E como ele
respondesse que era dos estranhos, Jesus disse-lhe: «Então os filhos estão
isentos. Mas para não os escandalizarmos, vai ao mar e deita o anzol. Apanha
o primeiro peixe que morder a isca, abre-lhe a boca e encontrarás um estáter.
Pega nele e paga-lhes o imposto por Mim e por ti».
Da Bíblia
Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Paciano de Barcelona (?-c. 390),
bispo
Homilia sobre o baptismo, 7
Libertados pelo Filho do Homem, que Se entrega às mãos dos
homens
Todos os povos foram libertados por Nosso
Senhor Jesus Cristo das forças que os mantinham cativos. Foi Ele, sim, Ele, quem
nos resgatou. Como diz o apóstolo Paulo: «Perdoou-nos todas as nossas faltas,
anulou o documento que, com os seus decretos, era contra nós; aboliu-o
inteiramente, e cravou-o na cruz. Depois de ter despojado os poderes e as
autoridades, expô-los publicamente em espectáculo, e celebrou o triunfo que na
cruz obtivera sobre eles» (Col 2,13-15). Ele libertou os presos acorrentados e
quebrou as correntes, como dissera David: «O Senhor salva os oprimidos, o Senhor
liberta os prisioneiros, o Senhor dá vista aos cegos» (Sl 145,7-8). E ainda:
«Senhor, quebraste as minhas cadeias, hei-de oferecer-Te sacrifícios de louvor»
(Sl 115,16-17).
Sim, ficámos libertos das correntes, nós que fomos
reunidos ao chamamento do Senhor, pelo sacramento do batismo [...]. Fomos
libertados pelo sangue de Cristo e pela invocação do seu nome. [...] Portanto, ó
bem-amados, fomos para todo o sempre lavados pela água do batismo, para todo o
sempre estamos libertos, para todo o sempre fomos acolhidos no seu Reino
imortal. Para todo o sempre será «feliz aquele a quem é perdoada a culpa e
absolvido o pecado» (Sl 31,1; Rom 4,7). Mantende com coragem o que haveis
recebido, conservai-o para vossa felicidade, não volteis a pecar. De ora em
diante, conservai-vos puros e irrepreensíveis para o dia do Senhor.
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