segunda-feira, 4 de julho de 2016

EVANGELHO DO DIA 4 DE JULHO

Evangelho segundo S. Mateus 9,18-26.
Naquele tempo, estava Jesus a falar aos seus discípulos, quando um chefe se aproximou e se prostrou diante d’Ele, dizendo: «A minha filha acaba de falecer. Mas vem impor a mão sobre ela e viverá». Jesus levantou-Se e acompanhou-o com os discípulos. Entretanto, uma mulher que sofria um fluxo de sangue havia doze anos, aproximou-se por detrás d’Ele e tocou-Lhe na fímbria do manto, pensando consigo: «Se eu ao menos Lhe tocar no manto, ficarei curada». Mas Jesus voltou-Se e, ao vê-la, disse-lhe: «Tem confiança, minha filha. A tua fé te salvou». E a partir daquele momento a mulher ficou curada. Ao chegar a casa do chefe e ao ver os tocadores de flauta e a multidão em grande alvoroço, Jesus disse-lhes: «Retirai-vos, porque a menina não morreu; está a dormir». Riram-se d’Ele. Mas quando mandou sair a multidão, Jesus entrou, tomou a menina pela mão e ela levantou-se. 
E a notícia divulgou-se por toda aquela terra. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo, doutor da Igreja 
Comentário ao evangelho de João, 4; PG 73, 56 
«Jesus entrou e tomou a menina pela mão»
Assim que Cristo entra em nós com a sua própria carne, nós revivemos inteiramente; é inconcebível ou, mais ainda, impossível, que a vida não faça viver aqueles nos quais se introduziu. Tal como se cobre um tição ardente com um monte de palha para manter intacto o germe do fogo, assim nosso Senhor Jesus Cristo esconde a vida em nós pela sua própria carne e coloca aí como que uma semente de imortalidade, que afasta toda a corrupção que trazemos em nós. 
Não é pois apenas pela sua palavra que ele realiza a ressurreição dos mortos. Para mostrar que o seu corpo dá a vida, como tínhamos dito, ele toca os cadáveres e, pelo seu corpo, dá a vida a esses corpos já em vias de desintegração. Se o simples contacto da sua carne sagrada restitui a vida a esses mortos, que benefício não encontraremos nós na sua Eucaristia vivificante quando a recebemos! [...] Não basta que apenas a nossa alma seja regenerada pelo Espírito para uma vida nova. O nosso corpo denso e terrestre também deve ser santificado, pela sua participação num corpo igualmente denso e com a mesma origem que o nosso, sendo desse modo chamado à incorruptibilidade. 

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