sábado, 6 de junho de 2015

EVANGELHO DO DIA 6 DE JUNHO

Evangelho segundo S. Marcos 12,38-44.
Naquele tempo, Jesus ensinava a multidão, dizendo: «Acautelai-vos dos escribas, que gostam de exibir longas vestes, de receber cumprimentos nas praças, de ocupar os primeiros assentos nas sinagogas e os primeiros lugares nos banquetes. Devoram as casas das viúvas com pretexto de fazerem longas rezas. Estes receberão uma sentença mais severa». Jesus sentou-Se em frente da arca do tesouro a observar como a multidão deitava o dinheiro na caixa. Muitos ricos deitavam quantias avultadas. Veio uma pobre viúva e deitou duas pequenas moedas, isto é, um quadrante. Jesus chamou os discípulos e disse-lhes: «Em verdade vos digo: Esta pobre viúva deitou na caixa mais do que todos os outros. Eles deitaram do que lhes sobrava, mas ela, na sua pobreza, ofereceu tudo o que tinha, tudo o que possuía para viver». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Santa Teresa de Ávila (1515-1582), carmelita descalça, doutora da Igreja 
Poema «Vivo sin vivir en mí» 
«Ela, da sua penúria, deitou tudo»
Vivo sem viver em mim; 
E minha esperança é tal, 
Que morro de não morrer. 

Vivo já fora de mim 
Desde que morro de amor; 
Pois vivo no Senhor 
Que me quis para Si. 
Quando Lhe dei o coração, 
Nele inscreveu estas palavras: 
Morro de não morrer. [...] 

Ah! que triste é a vida 
Que não se alegra no Senhor! 
E, se o amor é doce, 
Não o é a longa espera; 
Livra-me, meu Deus, desta carga, 
Mais pesada que o ferro, 
Pois morro de não morrer. 

Vivo só da confiança 
De que um dia hei-de morrer, 
Pois pela morte é a vida 
Que a esperança me promete. 
Morte em que se ganha a vida, 
Não tardes, que te espero, 
Pois morro de não morrer. 

Vede como é forte o amor (Cant 8,6); 
Ó vida, não me sobrecarregues! 
Vê o que apenas resta: 

Para te ganhar, perder-te! (Lc 9,24) 
Venha ela, a doce morte! 
Que minha morte venha bem cedo, 
Pois morro de não morrer. 

Esta vida lá do alto, 
Que é vida verdadeira, 
Até que morra a vida cá de baixo 
Enquanto se viver não se a tem. 
Ó morte, não te escondas! 
Que viva porque morro já, 
Pois morro de não morrer. 

Ó vida, que posso eu dar 
A meu Deus, que vive em mim, 
Senão perder-te, a ti, 
Para merecer prová-Lo! 
Desejo, morrendo, obtê-Lo, 
Pois tenho tal desejo do meu Amado 
Que morro de não morrer. 

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