Neste mês de maio pudemos manifestar de muitos modos
o amor a Nossa Senhora. Certamente isso encheu nosso coração de alegria e
esperança. Notamos também que cresceu muito, nestes últimos tempos, a devoção e
o amor a Nossa Senhora. É um bom sinal, pois, amando a Mãe, chegamos facilmente
a amar o Filho. As historinhas contam quanto bem fez às pessoas uma simples
expressão de devoção a Nossa Senhora. Quando queremos falar sobre Maria, sobre
sua vida, missão na Igreja, deparamos com um problema que me angustia no
momento: como lidar com uma Nossa Senhora que é uma mulher do povo de Deus e o
mesmo tempo, elaborar uma reflexão teológica. Maria não é uma idéia, uma
reflexão, um esquema de ensinamento sem referência a uma pessoa. Por outro lado
ela não pode ser reduzida a uma simples mortal como outra qualquer, mesmo sendo
a maior. Há algo mais. Creio que partindo do humano, podemos chegar ao
conceito. O humano de Maria está direcionado ao seu Filho Jesus. Maria aprendeu
a ser o que Jesus era e com Ele está a Ele na redenção do mundo.
Aprendizado
lento e constante.
O primeiro aprendizado nesta escola de Jesus para
Maria foi a capacidade de ser humana. Tirar o aspecto humano de Maria é
transformá-la em uma idéia, uma teoria espiritual. Mesmo estando glorificada
ela permanece a Maria de Nazaré, como Jesus. Isso nos ensina a viver
intensamente a vida humana como primeiro caminho de redenção. O segundo momento
da escola de Maria, que é nossa escola, é o aspecto de assimilação
transformante de sua vida na vida Filho. Houve entre Maria e Jesus uma contínua
troca de ensinamentos. Jesus aprendeu a ser humano e Maria aprendeu dEle a
construir em si a vida de Deus. Ela estava unida a Jesus pelos laços da
maternidade e pelos laços da fé. Por estes laços pode adquirir os
sentimentos de Cristo e com eles, continuar a missão de Cristo. Os grandes
privilégios de Maria não lhe tiram a humanidade, mas levam-na a colocá-los
inteiramente a serviço da humanidade. Por aí podemos chamá-la de Imaculada,
Mãe, Virgem e Assunta ao Céu. Unindo-nos a Maria pelo afeto e pela fé em seu
Filho Jesus, justificamos nossa oração a ela, nosso pedido de graça, nosso
agradecimento.
Escola
de redenção.
Maria, unida ao Filho torna-se co-redentora, participa
da redenção que Ele nos traz. Nós também, nos tornamos com ela participantes da
redenção de Cristo, sendo redimidos e anunciando a redenção. Estamos unidos a
ela também através de nossa unidade no Corpo de Cristo. Nossa união de afeto
nos introduz nessa mesma vida e por isso recebemos dela os imensos favores. É
bom que sejamos devotos de Maria e tenhamos sempre em nossa vida sua presença.
Viveremos a vida de Cristo e participaremos de seu mistério de redenção. Nossa
união a Maria se faz pelos simples gestos de piedade, pelas orações que
aprendemos desde pequenos, pela flor que levamos ao seu altar, pela medalhinha
que trazemos com carinho, pela novena, pela súplica de uma graça, pela leitura
de um livro sobre ela, por um estudo apaixonado de seus dons e privilégios. Sem
Maria jamais entendemos Jesus.
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