PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR |
1378. Uma escolha que vale
O
Papa Francisco convidou a perceber a alegria do Evangelho. A Palavra evangelho
significa notícia boa e alegre. A alegria da notícia não é saber algo novo, mas
encontrar-se com uma Pessoa que é a novidade da vida. Deus vem ao encontro de
cada um não como um Deus que se faz difícil de encontrar, mas que entra em
nossa vida apenas damos sinal que O aceitamos. Esta escolha vale a pena. Jesus Cristo
não é um estraga prazer, mas um promotor da grande festa da Vida que Ele
inaugurou com Sua Encarnação e completou com Sua Ressurreição. O maior
testemunho de Sua presença feliz foi o próprio povo que, já cansado da religião
repressora dos fariseus e mestres da lei, vê em Jesus a novidade de Deus. O
povo corria feliz atrás Dele, esquecendo-se até de comer. Para sua alegria era
saciado com o pão multiplicado (Mt 14,20);
era curado de seus males; era aliviado das pressões do mal que chamavam de
possessão diabólica; era acariciado em sua carência. Todos queriam tocá-Lo,
pois Dele saia uma força que curava a todos (Lc 6,19). Sua morte foi uma decepção sem limites para Seus
discípulos. Passados três dias, ei-Lo presente no meio deles. Em sua alegria
não podiam acreditar. Pediu então que Lhe dessem algo para comer. Deram-lhe um
pedaço de peixe assado. Ele o comeu diante deles (Lc 24,43). Nem podemos imaginar a intensidade de sua alegria.
Sua partida para junto do Pai na Ascensão não consistiu em uma separação, pois
declarou: “Eu estarei convosco todos os dias até à consumação dos tempos” (Mt 28,20). Esta alegria entra em nossa vida quando fazemos a
escolha de Jesus Cristo como fonte da alegria. Esta é o humor da Santíssima
Trindade. Por isso reza o salmo: “Subirei ao altar de Deus, ao Deus que é minha
grande alegria” (Sl 43,4). Não é
uma questão de idade, mas do espírito alegre que Sua presença gera.
1379. Serviço da alegria
O
provérbio diz que o palhaço salva o espetáculo, não por ser palhaço, mas porque
infundi a alegria que supera as deficiências do espetáculo. Não precisamos ser
palhaços, mas cada um pode, em suas atividades, contribuir para que as pessoas
fiquem felizes e alegres. A verdade não tem cara brava. A verdade tem o humor
que dê o prazer de praticá-la. Vemos que se confunde azedume com verdade. A
verdade não é opressiva. Nós podemos ser. Jesus disse toda a verdade do Reino e
só trouxe alegria e entusiasmo. Foi opositor somente do mal do orgulho e da
prepotência que tirava a alegria de viver. Podemos colocar um princípio em
nossas atividades: Nossa missão é transmitir alegria. Mesmo que a função seja
de correção, esta deve conduzir à alegria da cura, da vida correta e de um
caminho melhor. O castigo deve produzir alegria. Ajuntam-se mais abelhas com uma
gota de mel do que com um barril de vinagre. Isaac, o primeiro filho do povo de
Deus, significa “Deus me deu motivo para rir. E todo o que ouvir, rirá comigo” disse Sara (Gn 21,6).
1380. Alegres na esperança
Deus
é um Deus feliz e alegre. Não vemos imagens de Jesus sorridente. Isso reflete a
ideia de darmos mais atenção ao pecado que à graça. Santos dizem que Jesus não
ria, só sorria. Não dá para concordar. A esperança que alimenta nosso coração
não é algo distante, mas já temos o que esperamos pela fé. Que todos nos vejam
felizes e alegres pelo bem que vivemos e anunciamos. A esperança não é só um
jeito próprio da pessoa, mas nasce da alegria do Ressuscitado naquela manhã de
Páscoa. É a alegria de viver a ventura de um Céu que nos preenchera na totalidade.
É alegria de todos que se amam como irmãos e filhos do mesmo Pai.
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