PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR |
Cheio de misericórdia.
Quando alguém faz um caminho de santidade é igual a
nós nas qualidades e defeitos, pode até ser pior. O que faz de melhor é
procurar corresponder ao chamado de Deus - de estar com Ele e com os irmãos.
Sua pessoa torna-se cada vez mais imagem e presença de Jesus. Por isso, as
pessoas procuram aproximar-se dele e mesmo depois da morte, continuam a
buscá-lo. Afonso, homem de família distinta e até de posses, fez um caminho
brilhante como nobre e advogado. Durante todo esse tempo, até seus 27 anos,
desenvolveu sua vida profissional e espiritual com grande proveito. Depois de
uma mudança violenta na vida, fez-se sacerdote aos 30 anos. Descobre os pobres
e começa a se interessar por eles. Nós, quanto mais inteligentes e importantes
ou ricos ficamos, mais distantes ficamos da pobreza. Ele fez o caminho inverso.
Como padre conhece os sofrimentos e ignorância religiosa do povo da cidade,
pior ainda, da gente do campo. Cheio de misericórdia, como o bom Pastor, deixa
a cidade, o futuro brilhante e vai morar no mundo do abandono, no meio daqueles
a quem nem o governo, nem a Igreja davam atenção. Ali, até o fim da vida, será
seu lugar. Ali fica de 1732-1787 (55 anos). Mesmo quando foi bispo, é lá que
permanece seu coração. Mesmo quando bispo, não subiu no trono, mas fez-se o
servo de todos.
Fez tudo com a misericórdia de
Jesus.
O trabalho deste pequeno homem foi fundar uma
congregação religiosa para que, através das missões, o amor misericordioso de
Deus chegasse aos mais abandonados. Pregava missão não nos centros, mas ia às
capelinhas e comunidades esquecidas. Eles não iam à igreja central. Mas o
missionário ia onde estavam. Quer ser a redenção abundante para todos. Quer ser
Jesus amando, perdoando e dando a vida abundante para todos. Sua misericórdia
passava aos atos concretos. Seu relacionamento para com as pessoas durante as
confissões era de acolhimento e misericórdia. Não queria que nenhum missionário
tratasse mal os fiéis. Como amasse muito a Jesus, com suas pregações e
livrinhos de oração ensinava o povo a amá-lo também e a rezar meditando da
Palavra de Deus. Para que seus padres atendessem bem o povo, escreveu livros de
formação. Compôs canções religiosas para o povo cantar. Algumas delas ainda são
cantadas na Itália e traduzidas para outros países. Pintou quadros para induzir
à piedade e ao aprofundamento do amor de Deus. De modo particular, não só
ensinou o caminho de santidade, mas viveu-o intensamente. Sua vida foi a maior
demonstração de seu ensinamento.
Convida todos a participar.
Santo que é santo, não é santo só para si. Este
santo convida todos a participar de sua aventura. Convida a que cada cristão
faça alguma coisa pelos mais abandonados, que tenha no coração a preocupação de
levar a misericórdia de Deus aos fracos na fé e aos fracos na vida. Ele pede
que mais gente entre no clube dos que se ocupam e não só se preocupam com
aqueles que sofrem. Assim a misericórdia de Jesus Redentor chega a todos de
modo abundante. Era grande no amor a Maria. Escreveu um livro chamado as
Glórias de Maria. A Igreja reconheceu sua obra e o declarou doutor da Igreja,
mestre seguro na doutrina e santidade. Declarou-o também patrono.
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