sábado, 18 de janeiro de 2014

REFLETINDO A PALAVRA - “Sto.Afonso, o homem da misericórdia.

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
Cheio de misericórdia.
Quando alguém faz um caminho de santidade é igual a nós nas qualidades e defeitos, pode até ser pior. O que faz de melhor é procurar corresponder ao chamado de Deus - de estar com Ele e com os irmãos. Sua pessoa torna-se cada vez mais imagem e presença de Jesus. Por isso, as pessoas procuram aproximar-se dele e mesmo depois da morte, continuam a buscá-lo. Afonso, homem de família distinta e até de posses, fez um caminho brilhante como nobre e advogado. Durante todo esse tempo, até seus 27 anos, desenvolveu sua vida profissional e espiritual com grande proveito. Depois de uma mudança violenta na vida, fez-se sacerdote aos 30 anos. Descobre os pobres e começa a se interessar por eles. Nós, quanto mais inteligentes e importantes ou ricos ficamos, mais distantes ficamos da pobreza. Ele fez o caminho inverso. Como padre conhece os sofrimentos e ignorância religiosa do povo da cidade, pior ainda, da gente do campo. Cheio de misericórdia, como o bom Pastor, deixa a cidade, o futuro brilhante e vai morar no mundo do abandono, no meio daqueles a quem nem o governo, nem a Igreja davam atenção. Ali, até o fim da vida, será seu lugar. Ali fica de 1732-1787 (55 anos). Mesmo quando foi bispo, é lá que permanece seu coração. Mesmo quando bispo, não subiu no trono, mas fez-se o servo de todos.
Fez tudo com a misericórdia de Jesus.
O trabalho deste pequeno homem foi fundar uma congregação religiosa para que, através das missões, o amor misericordioso de Deus chegasse aos mais abandonados. Pregava missão não nos centros, mas ia às capelinhas e comunidades esquecidas. Eles não iam à igreja central. Mas o missionário ia onde estavam. Quer ser a redenção abundante para todos. Quer ser Jesus amando, perdoando e dando a vida abundante para todos. Sua misericórdia passava aos atos concretos. Seu relacionamento para com as pessoas durante as confissões era de acolhimento e misericórdia. Não queria que nenhum missionário tratasse mal os fiéis. Como amasse muito a Jesus, com suas pregações e livrinhos de oração ensinava o povo a amá-lo também e a rezar meditando da Palavra de Deus. Para que seus padres atendessem bem o povo, escreveu livros de formação. Compôs canções religiosas para o povo cantar. Algumas delas ainda são cantadas na Itália e traduzidas para outros países. Pintou quadros para induzir à piedade e ao aprofundamento do amor de Deus. De modo particular, não só ensinou o caminho de santidade, mas viveu-o intensamente. Sua vida foi a maior demonstração de seu ensinamento. 
Convida todos a participar.

Santo que é santo, não é santo só para si. Este santo convida todos a participar de sua aventura. Convida a que cada cristão faça alguma coisa pelos mais abandonados, que tenha no coração a preocupação de levar a misericórdia de Deus aos fracos na fé e aos fracos na vida. Ele pede que mais gente entre no clube dos que se ocupam e não só se preocupam com aqueles que sofrem. Assim a misericórdia de Jesus Redentor chega a todos de modo abundante. Era grande no amor a Maria. Escreveu um livro chamado as Glórias de Maria. A Igreja reconheceu sua obra e o declarou doutor da Igreja, mestre seguro na doutrina e santidade. Declarou-o também patrono. 

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