Decorridos sete séculos, ainda se acendem velas no túmulo da duquesa Maria de Brabante, vítima de uma calúnia ignóbil. Casara-se com o duque Luís da Baviera em 1255. Viviam felizes no castelo, quando ele foi chamado para a guerra. Durante sua ausência, Maria ocupava-se com seus deveres religiosos e com os pobres. Assim disfarçava a saudade do esposo. O mordomo do castelo, porém, precisou ser repreendido por ela devido à sua conduta ambiciosa e corrupta.
Para se vingar, armou uma calúnia contra sua fidelidade conjugal. Chegou até ele o boato, através de cartas trocadas, ela se envolvera com um amigo dele. Em vez de investigar a procedência dos fatos, o duque encheu-se de cólera, voltou às pressas e mandou decapitar a esposa. Quando, no dia seguinte, constatou o erro, lamentou profundamente sua precipitação e chorou amargas lágrimas de arrependimento. Como expiação, construiu um mosteiro para religiosos.
18 DE JANEIRO – COBIÇADA PELA SUA BELEZA
Santa Margarida da Hungria (1242-1270), filha de reis, com quatro anos de idade foi entregue às monjas dominicanas, em virtude de uma promessa feita pelos pais: Se Deus livrasse a Hungria da invasão dos tártaros, eles dariam a filha para Deus. Assim fizeram. A princesa cresceu bela e formosa, e consagrou-se ao Senhor. Nem por isso deixou de ser cobiçada pelos príncipes que iam visitar o mosteiro para pedi-la em casamento. Tudo foi em vão, porém. Maltratou sua beleza e juventude com duras penitências e pesados jejuns. Entregava-se à oração sem limite de tempo. Executava os trabalhos conventuais mais servis e fatigantes. Negava-se freqüentemente o sono, a comida e a bebida. O ascetismo exagerado e as contínuas privações fizeram-na envelhecer prematuramente, vindo a morrer dia 18 de janeiro de 1270.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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