sexta-feira, 11 de outubro de 2024

EVANGELHO DO DIA 11 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 11,15-26. 
Naquele tempo, Jesus expulsou um demónio, mas alguns dos presentes disseram: «É por Belzebu, príncipe dos demónios, que Ele expulsa os demónios». Outros, para O experimentarem, pediam-Lhe um sinal do Céu. Mas Jesus, que conhecia os seus pensamentos, disse: «Todo o reino dividido contra si mesmo acaba em ruínas e cairá casa sobre casa. Se Satanás está dividido contra si mesmo, como subsistirá o seu reino? Vós dizeis que é por Belzebu que Eu expulso os demónios. Ora, se Eu expulso os demónios por Belzebu, por quem os expulsam os vossos discípulos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes. Mas, se Eu expulso os demónios pelo dedo de Deus, então quer dizer que o Reino de Deus chegou até vós. Quando um homem forte e bem armado guarda o seu palácio, os seus bens estão em segurança. Mas, se aparece um mais forte do que ele e o vence, tira-lhe as armas em que confiava e distribui os seus despojos. Quem não está comigo, está contra Mim, e quem não junta comigo, dispersa. Quando o espírito impuro sai do homem, anda a vaguear por lugares desertos à procura de repouso. Como não o encontra, diz consigo: "Voltarei para a casa de onde saí". Quando lá chega, encontra-a varrida e arrumada. Então, vai e toma consigo sete espíritos piores do que ele, que entram e se instalam nela. E o último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Catarina de Sena 
(1347-1380) 
Terceira dominicana, doutora da Igreja, 
copadroeira da Europa 
«O dom das lágrimas», cap. III, n.º 90 
A alma unida a Deus resiste aos 
assaltos do demónio 
Santa Catarina ouviu Deus dizer-lhe: É bem verdade que o demónio nunca dorme. O seu exemplo serve de lição às almas negligentes das quais ele abusa, que gastam no sono um tempo do qual poderiam tirar tanto proveito. Mas a sua vigilância não consegue prejudicar as almas perfeitas, porque ele não suporta o ardor da sua caridade, nem o perfume da união que têm comigo, o Oceano de Paz. Enquanto permanecer assim unida a Mim, a alma não será enganada: o demónio foge dela como a mosca da panela que ferve ao lume, com medo de se queimar. Se a panela estiver morna, a mosca já não terá medo e entrará nela; embora, muitas vezes, volte a sair a grande velocidade, porque a encontra muito mais quente do que imaginava. O mesmo acontece com a alma que ainda não atingiu o estado perfeito: o demónio, julgando-a morna, entra nela com tentações variadas e numerosas; mas depara com uma alma em processo de se conhecer a si própria e de conceber dor e arrependimento pelas suas faltas, e que, portanto, resiste ao ataque e, para não consentir, acorrenta a sua vontade nos laços do ódio ao pecado e do amor à virtude. Que se regozije toda a alma que experimenta estas agressões, pois este é o caminho que conduz àquele estado doce e glorioso!

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