sábado, 3 de agosto de 2024

Santa Lídia, discípula de S. Paulo

Sua casa foi a primeira igreja fundada na Europa por São Paulo. Quando o Apóstolo pôs os pés em Filipos, Macedônia, encontrou hospitalidade na casa de Lídia, comerciante de púrpura, recém-convertida ao Evangelho com toda a família. Os Atos dos Apóstolos narram a sua história no capítulo 16.
Padroeira dos tintureiros e comerciantes. 
Primeira mulher a se fazer cristã na Europa
e uma das primeiras aclamadas santas 
e veneradas desde o início do cristianismo. 
Filha espiritual de São Paulo 
e seus companheiros Lucas, Timóteo e Silas. 
Origens 
O que se sabe sobre Santa Lídia está escrito no livro dos Atos dos Apóstolos 16, 14-40. Pela descrição de São Lucas, que a conheceu pessoalmente, Lídia era uma mulher rica, influente, líder e empreendedora. Ela era comerciante de púrpura nascida Em Tiatira, Grécia, e estabelecida em Filipos, colônia romana, também na Grécia. O comércio de púrpura era dos mais caros e promissores da época. As roupas na cor púrpura eram usadas somente por reis, rainhas e pessoas da nobreza. A cor púrpura era tirada de um molusco nativo do Mar Mediterrâneo, abundante na região da Fenícia, chamado Mmurici. Conversão e liderança de uma mulher 
Santa Lídia tinha algumas características incomuns para a época: era empresária, dona do próprio comércio e chefe de família. É o que lemos em At 16, 14 e 15. O versículo 15 diz que depois de ouvir São Paulo falar sobre Jesus Cristo. ela quis ser batizada juntamente e levou junto toda a sua família. Este fato mostra a liderança que ela tinha sobre os seus, fato notável numa sociedade tão machista quanto a que ela vivia. E, pelo que lemos nos Atos dos Apóstolos, a influência e a posição social de Santa Lídia ajudaram decisivamente a São Paulo e seus companheiros na missão em Filipos. 
Busca da verdade 
O texto de São Lucas diz que Santa Lídia era prosélita, isto é, ela era de origem pagã (não judaica) e que tinha se convertido ao judaísmo. O fato mostra que Santa Lídia já vinha de uma caminhada de busca da verdade. Abandonou as crenças politeístas gregas e abraçou o monoteísmo pregado pelo judaísmo. Porém, ao ouvir São Paulo, reconheceu prontamente a verdade e abraçou-a. Em seguida, tornou-se evangelizadora, anunciando a Boa Nova para a sua família e ajudando na missão de São Paulo e seus companheiros. 
Primeira igreja da Europa 
São Paulo e seus companheiros pensavam em ficar em Filipos apenas alguns dias e partir em missão. Porém, Santa Lídia insistiu: 'Se vocês me consideram fiel ao Senhor, permaneçam em minha casa'. E os forçou a aceitar. (At 16, 15) Então, os Apóstolos mudaram seus planos e ficaram. Em Filipos, São Paulo sofreu várias perseguições. Ele e seus amigos foram presos e soltos milagrosamente por um terremoto. Depois disso, voltaram para a casa de Santa Lídia onde confortaram os irmãos na fé - vários que tinham ouvido Paulo e se fizeram batizar, formando a a comunidade cristã de Filipos, para a qual, mais tarde, São Paulo escreveu sua 'Carta aos Filipenses'. A casa de Santa Lídia transformou-se na primeira Igreja da Europa, como vemos em At 15, 14. 
Missionária 
Santa Lídia influenciou não apenas sua família como também outras mulheres e pessoas de todos os tipos com quem lidava em seu comércio de púrpura. Por isso, ela também foi missionária, mostrando através de seu testemunho, a verdade sobre Jesus Cristo. Ela é uma das grandes responsáveis pela sustentação da Comunidade Cristã de Filipos. Santa Lídia e São Paulo tiveram um profundo laço de amizade cristã, admirado por todos. 
Culto 
O culto a Santa Lídia faz parte da Tradição cristã desde os tempos mais antigos. Seu nome aparece nas inscrições nas catacumbas. No Livro dos Atos dos Apóstolos seu nome é mencionado duas vezes. Por causa de sua profissão Santa Lídia passou a ser invocada como Padroeira dos Tintureiros e dos comerciantes, sendo comemorada no dia 3 de agosto.
Santa Lídia era uma comerciante pagã que se converteu ao judaísmo. Orignária de Tiatira (Grécia Asiática) mudou-se para Filipos, um porto no mar Egeu, onde desenvolveu o seu comércio de tecidos e tintas para tingimento na mesma altura em que S. Paulo evangelizava essa região. S. Lucas, que acompanhava São Paulo, relata nos Actos dos Apóstolos o seguinte: "Embarcámos, por isso, em Tróade e fomos diretamente até à ilha de Samotrácia. No outro dia, chegámos ao porto de Neápolis. Dali seguimos para Filipos, que é uma colónia romana e a cidade mais importante desta parte da Macedónia. Passámos lá alguns dias. No sábado, saímos da cidade e fomos para a beira do rio, a um lugar onde pensávamos que os judeus costumavam ir orar. Sentámo-nos ali e começámos a conversar com as mulheres que ali estavam reunidas. Uma delas, chamada Lídia, ouvia-nos com muita atenção. Era comerciante de tecidos finos e natural da cidade de Tiatira. Lídia acreditava em Deus e o Senhor abriu-lhe o entendimento para compreender o que Paulo dizia. Ela e as pessoas da sua família foram batizadas. Então Lídia fez-nos este pedido: «Se acham que eu realmente creio no Senhor, venham ficar a minha casa.» E insistiu para lá ficarmos." (Act 16, 11-15) Converteu-se ao crisitianismo e foi batizada por S. Paulo em Filipos Foi canonizada pelo cardeal César Barónio em 1607

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