sexta-feira, 9 de agosto de 2024

EVANGELHO DO DIA 9 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 25,1-13. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «O Reino dos Céus pode comparar-se a dez virgens, que, tomando as suas lâmpadas, foram ao encontro do esposo. Cinco eram insensatas e cinco eram prudentes. As insensatas, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo, enquanto as prudentes, com as lâmpadas, levaram azeite nas almotolias. Como o esposo se demorava, começaram todas a dormitar e adormeceram. No meio da noite, ouviu-se um brado: "Aí vem o esposo; ide ao seu encontro". Então, as virgens levantaram-se todas e começaram a preparar as lâmpadas. As insensatas disseram às prudentes: "Dai-nos do vosso azeite, que as nossas lâmpadas estão a apagar-se". Mas as prudentes responderam: "Talvez não chegue para nós e para vós. Ide antes comprá-lo aos vendedores". Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o esposo. As que estavam preparadas entraram com ele para o banquete nupcial; e a porta fechou-se. Mais tarde, chegaram também as outras virgens e disseram: "Senhor, senhor, abre-nos a porta". Mas ele respondeu: "Em verdade vos digo: não vos conheço". Portanto, vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Paulo II 
Papa(1920-2005)  
Motu proprio «Spes ædificandi» (01/10/1999), § 9 
«Os dons e o chamamento de Deus são irrevogáveis» (Rom 11,29)
O encontro com o cristianismo não foi motivo para ela [Edith Stein] repudiar as suas raízes judaicas; pelo contrário, ajudou-a a redescobri-las em plenitude. Isto, porém, não lhe poupou a incompreensão por parte dos familiares; a desaprovação da mãe foi a que lhe causou dor mais intensa. Na verdade, todo o seu caminho de perfeição cristã se distinguiu não só pela solidariedade humana para com o seu povo de origem, mas também por uma verdadeira partilha espiritual da vocação dos filhos de Abraão, marcados pelo mistério do chamamento e dos «dons irrevogáveis» de Deus (cf Rom 11,29). De modo particular, ela tornou próprio o sofrimento do povo judeu à medida que este foi aumentando na feroz perseguição nazi, que permanece, juntamente com outras graves expressões do totalitarismo, uma das mais obscuras e vergonhosas manchas da Europa do nosso século. Sentiu então que, no extermínio sistemático dos judeus, a cruz de Cristo era carregada pelo seu povo, e assumiu-a pessoalmente com a sua deportação e execução no tristemente célebre campo de Auschwitz-Birkenau. Hoje, voltando-nos para Teresa Benedita da Cruz, reconhecemos no seu testemunho de vítima inocente, por um lado, a imitação do Cordeiro imaculado e o protesto erguido contra todas as violações dos direitos fundamentais da pessoa e, por outro, o penhor daquele renovado encontro de judeus e cristãos que, na linha anunciada pelo Concílio Vaticano II, está a conhecer uma prometedora fase de abertura recíproca. Declarar hoje Edith Stein copadroeira da Europa significa colocar no horizonte do Velho Continente um estandarte de respeito, de tolerância e de hospitalidade, que convida os homens e as mulheres a entenderem-se e a aceitarem-se para além das diferenças étnicas, culturais e religiosas, formando assim uma sociedade verdadeiramente fraterna. Possa, pois, a Europa crescer! Possa ela crescer como Europa do espírito, na esteira do melhor da sua história, que encontra na santidade a sua expressão mais elevada.

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