Evangelho segundo São Marcos 9,38-40.
Naquele tempo, João disse a Jesus: «Mestre, nós vimos um homem a expulsar os demónios em teu nome e procurámos impedir-lho, porque ele não anda connosco».
Jesus respondeu: «Não o proibais; porque ninguém pode fazer um milagre em meu nome e depois dizer mal de Mim.
Quem não é contra nós é por nós.
Tradução litúrgica da Bíblia
Fundador de mosteiro em Marselha
Sobre os carismas divinos, cap. VI, SC 54
Aquilo que os discípulos devem reter do Mestre
Um dia, os apóstolos queixaram-se a Jesus: «Mestre, nós vimos um homem a expulsar os demónios em teu nome e procurámos impedir-lho, porque ele não anda connosco». Jesus atalhou imediatamente: «Não o proibais. Quem não é contra nós é por nós». Mas quando, no final dos tempos, estas pessoas disserem: «Senhor, senhor, não foi em teu nome que profetizámos? Não foi em teu nome que expulsámos demónios? Não foi em teu nome que fizemos numerosas ações poderosas?», Ele afirma que lhes responderá: «Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade!» (Mt 7,22-23), advertindo aqueles que Ele mesmo agraciou com a glória de sinais e prodígios de que não se exaltem nesta matéria: «Não vos alegreis porque os espíritos se submetem a vós; alegrai-vos antes porque os vossos nomes estão inscritos nos Céus» (Lc 10, 20)
Agora, o próprio autor de todos os sinais e prodígios chama os seus discípulos para aprenderem a sua doutrina; Ele vai esclarecer o que os seus verdadeiros seguidores, os escolhidos, devem aprender com Ele em particular: «Vinde», diz, «e aprendei de Mim» - não a expulsar os demónios pelo poder do céu, evidentemente, nem a curar os leprosos, a iluminar os cegos, a ressuscitar os mortos. É verdade que faço todos estes prodígios por intermédio de alguns dos meus servos; no entanto, a condição humana não pode entrar em sociedade com Deus para os louvores que Lhe são devidos; o ministro e o escravo não podem tomar parte naquela glória que pertence apenas à divindade; mas «aprendei de Mim», diz Ele, isto: «que sou manso e humilde de coração» (Mt 11,28-29). Isto é o que todos podem aprender e praticar. Mas fazer sinais e prodígios nem sempre é necessário, nem benéfico para todos, nem é universalmente concedido.
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