domingo, 14 de janeiro de 2024

Santa Nina, Apóstola na Geórgia – Cáucaso (+Século IV), 14 de Janeiro

Jovem cristã levada cativa para a 
Geórgia, no Cáucaso, por volta do ano 337, 
Nina iniciou o processo de conversão daquele país. 
As Igrejas do Oriente a celebram no dia de hoje ; a Igreja do Ocidente faz memória de Santa Nina hoje, 14 de janeiro, mas a celebra no dia 15 de dezembro. Sua vida tornou-se conhecida por intermédio do escritor eclesiástico Rufino, que deu alguns detalhes sobre a conversão da Ibéria caucasiana, no interior da atual Geórgia. Uma jovem prisioneira cristã, Nina, cujo país de origem é até hoje desconhecido, tornou-se escrava na corte real de Mzekhéta, não muito distante de Tbilissi; a jovem, porém, guardava a sua fé cristã e não fraquejava. Mais do que uma grande beleza, era a sua incansável caridade que a fazia amada e respeitada. Tendo obtido, através de suas orações, a cura de uma criança, Nina foi chamada para junto da rainha Nana que estava morrendo. Ela conseguiu, da mesma forma, salvar a vida da soberana. Quando o rei Miriano quis recompensá-la, ela disse que preferia que ele se convertesse ao cristianismo. O rei, inicialmente, deixou a rainha aos cuidados de Nina e, após algum tempo, solicitou ao arcebispo de Constantinopla que lhe enviasse um bispo para evangelizar o seu reino. Santa Nina retirou-se para a região de Bobde onde, por volta do Século IV, foi construída uma catedral. Em Mzekhéta, um pequeno oratório nos lembra, ainda hoje, este batismo da Geórgia. 
Tradução e Adaptação : Gisèle do Prado 
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Santa Cristiana (Nina)

Uma jovem escrava, usada por Deus para levar a fé aos pagãos. Nos primeiros anos do século IV, nas terras entre o mar Negro e o mar Cáspio, hoje território da Geórgia, vivia uma jovem escrava cristã chamada Nina ou Nuné. Sua vida é um grande testemunho de que nada é coincidência, mas tudo é providência. Os Georgianos consideram-na o instrumento providencial da sua conversão.
A partir do ano 300 os bárbaros começaram a invadir a região oriental do império romano, saqueando cidades e levando prisioneiros para serem vendidos como escravos. E a região da Capadócia e sua vizinhança havia sido evangelizada desde as primeiras viagens missionárias de Paulo. Muitos desses escravos tiveram oportunidade de testemunhar sua fé nas terras pagãs para onde eram levados. Se em Roma o cristianismo exigia definições mais elaboradas da doutrina, por outro lado, as primeiras sementes evangélicas eram lançadas nas terras pagãs da Geórgia. Era o Espírito de Deus em ação.
Nina era uma escrava que demonstrava toda sua fé em Cristo, na alegria com que enfrentava as dificuldades e os sofrimentos. Esse fato chamou a atenção dos pagãos com quem convivia. Assim, teve a oportunidade de ensinar a palavra de Cristo a todos os que a cercavam. Tornou-se tão conhecida que passaram a chamá-la de “Cristiana”, a serva cristã.
A antiga tradição russa narra que, certa vez, uma senhora procurou-a, pedindo que solicitasse a intervenção de Deus para que seu filho, gravemente enfermo, não morresse. Nina se ajoelhou aos pés da cama onde estava a criança e rezou com tanto fervor e disse: “Eu não posso fazer nada, mas Deus Todo-Poderoso pode restituir-lhe a saúde, se for essa a Sua vontade”. Deitou o moribundo no seu próprio catre, cobriu-o com o seu cilício, orou a Deus em nome de Cristo e, a seguir, restituiu à mãe o filho curado. O menino abriu os olhos, sorriu e levantou-se na frente de todos. Foi o bastante para que toda a região mostrasse interesse pela religião da serva de Cristo. Quanto mais prodígios ela promovia, mais catequizava e convertia os pagãos.
Até que, um dia, a rainha desse povo, chamada Nana, adoeceu gravemente e nenhum remédio conseguia fazê-la melhorar. Tentaram de tudo. Nada parecia possível. Então, alguém se lembrou dos chamados “poderes” da serva cristã. Como último recurso, foram sugeridos à rainha, que mandou chamá-la. Assim, essa humilde escrava foi ao palácio atender a rainha, levando consigo apenas a certeza de sua fé e a confiança de suas orações. Logo conseguiu curar a soberana.
Enquanto ela se recuperava, seu marido, o rei Mirian, certo dia, saiu em comitiva para uma caçada. Mas o grupo acabou isolado no bosque devido a uma violentíssima tempestade. A situação era crítica, com trovões e raios incendiando árvores, pedras rolando ao vento e atingindo pessoas. O pavor tomou conta de todos, clamaram por seus deuses, mas nada acontecia. Lembrando-se da rainha, o rei decidiu rezar para o Deus de Cristiana. Uma luz, então, foi vista saindo do céu, a tempestade cessou e todos puderam regressar sãos e salvos à Corte. Nesse instante, o rei sentiu a fé invadir seu coração.
Ao voltar, procurou a escrava Nina e lhe pediu que falasse tudo o que sabia sobre sua religião. Acabou catequizado e convertido. Entretanto os reis Mirian e Nana não podiam ser batizados, pois na Corte não havia nenhum bispo. Seguindo a orientação de Cristiana, o rei enviou esse pedido ao imperador Constantino.
Nesse meio tempo, mandou construir a primeira igreja cristã, de acordo com uma planta feita sob orientação de Nina, já liberta. Quando chegou o primeiro bispo da Geórgia acompanhado de um grupo de sacerdotes missionários, encontraram o povo já abraçando a doutrina de santa Nina, como os fiéis a chamavam por força de sua piedade e prodígios de fé. Com facilidade, converteram a nação inteira, a partir da grande solenidade do batismo do casal real. Depois, junto com o bispo, o rei Mirian e a rainha Nana construíram o Mosteiro Samtavro, anexo àquela igreja, onde mais tarde foram sepultados. Nele também viveu alguns anos santa Nina, que morreu no ano 330.
Venerada pelos fiéis como padroeira da Geórgia, suas relíquias estão guardadas na Catedral da Metiskreta, antiga capital do país. Seu culto foi confirmado, sendo realizado, no Oriente, em 14 de janeiro, enquanto a Igreja de Roma a comemora no dia 15 de dezembro.

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