segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

EVANGELHO DO DIA 4 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo São Mateus 8,5-11. 
Naquele tempo, ao entrar Jesus em Cafarnaum, aproximou-se dele um centurião, que Lhe suplicou, dizendo: «Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico e sofre horrivelmente». Disse-lhe Jesus: «Eu irei curá-lo». Mas o centurião respondeu-Lhe: «Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa; mas diz uma só palavra e o meu servo ficará curado. Porque eu, que não passo dum subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens. Digo a um: "Vai!", e ele vai; a outro: "Vem!", e ele vem; e ao meu servo: "Faz isto!", e ele faz». Ao ouvi-lo, Jesus ficou admirado e disse àqueles que O seguiam: «Em verdade vos digo: não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé. Por isso vos digo: do Oriente e do Ocidente virão muitos sentar-se à mesa, com Abraão, Isaac e Jacob, no Reino dos Céus». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Boaventura (1221-1274) 
Franciscano, doutor da Igreja 
Do Reino Evangélico 
«Do Oriente e do Ocidente virão muitos 
sentar-se à mesa, com Abraão, Isaac e Jacob, 
no Reino dos Céus» 
O Reino dos Céus é grande: tem o tamanho de uma caridade sem limites; embora ali se encontrem indivíduos «de todas as línguas, povos, tribos e nações» (Ap 5,9), ninguém se sente apertado porque, pelo contrário, se dilata e assim cresce a glória de cada um. É como Santo Agostinho dizia: «Quando muitos tomam parte na mesma alegria, a alegria de cada um é mais abundante, porque todos se inflamam uns aos outros». A grandeza do Reino exprime-se nestas palavras da Escritura: «Pede-me e Eu to concederei: os povos serão a tua herança» (Sl 2,8); «do Oriente e do Ocidente virão muitos sentar-se à mesa, com Abraão, Isaac e Jacob, no Reino dos Céus». Nem a multidão dos que o desejam, nem a multidão dos que existem, nem a multidão dos que o possuem, nem a multidão dos que chegam tornará mais apertado o espaço no Reino ou prejudicará seja quem for. Mas porque devo eu ter confiança ou esperar vir a possuir o Reino de Deus? Pois porque a liberalidade divina me convida: «Procurai primeiro o Reino de Deus» (Mt 6,33); porque a verdade me reconforta: «Não tenhas medo, pequenino rebanho, porque aprouve ao vosso Pai dar-vos o Reino» (Lc 12,31-32); por causa da bondade e da caridade que me resgatou: «Tu és digno, Senhor, de tomar o livro e de abrir os selos, porque foste imolado e, com o preço do teu sangue, resgataste para Deus os homens de todas as línguas, povos, tribos e nações; fizeste deles, para o nosso Deus, um reino de sacerdotes; e reinarão sobre a terra» (Ap 5,9-10).

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