sábado, 18 de novembro de 2023

EVANGELHO DO DIA 18 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 18,1-8. 
Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos uma parábola sobre a necessidade de orar sempre, sem desanimar: «Em certa cidade, vivia um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens. Havia naquela cidade uma viúva que vinha ter com ele e lhe dizia: "Faz-me justiça contra o meu adversário". Durante muito tempo, ele não quis atendê-la. Mas depois disse consigo: "É certo que eu não temo a Deus nem respeito os homens; mas, porque esta viúva me importuna, vou fazer-lhe justiça, para que não venha incomodar-me indefinidamente"». E o Senhor acrescentou: «Escutai o que diz o juiz iníquo. E Deus não havia de fazer justiça aos seus eleitos, que por Ele clamam dia e noite, e iria fazê-los esperar muito tempo? Eu vos digo que lhes fará justiça bem depressa. Mas quando voltar o Filho do homem, encontrará fé sobre a Terra?». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Cassiano (360-435) 
Fundador de mosteiro em Marselha 
Sobre a oração, cap. X; SC 54 
Sou um pobre mendigo, 
mas Deus é o meu sustento! 
«Que o pobre e o indigente possam louvar o teu nome» (Sl 73,21).
Com efeito, que pobreza maior e mais santa pode haver que a de um homem que se sabe totalmente desprovido de e de meios de sustento, e que todos os dias pede o auxílio de que necessita à generosidade dos outros; que percebe que a sua vida e todo o seu ser são a cada momento sustentados pela assistência divina e se proclama com razão mendigo do Senhor, clamando todos os dias com voz suplicante: «Sou um pobre homem, um mendigo, mas Deus é o meu sustento»? O próprio Deus o iluminará, para o ajudar a ascender ao conhecimento multiforme do seu Ser; e ele ficará saciado com a visão dos mistérios mais sublimes e ocultos, como diz o profeta: «Os penhascos são o refúgio dos ouriços» (Sl 103,18,Vg). Quem persevera na inocência e na simplicidade não faz mal e não é um peso para ninguém. Contente com a sua simplicidade e só com ela, apenas deseja um abrigo que o proteja de se tornar presa dos seus inimigos. Tornou-se como que um ouriço espiritual, que encontra abrigo e proteção debaixo da pedra de que fala o Evangelho: protegido pela memória da Paixão do Senhor e a meditação incessante, escapa a todas as ciladas e ataques do inimigo. São estes os ouriços espirituais de que fala o Livro dos Provérbios: «os ouriços, seres sem poder, que fazem dos rochedos a sua habitação» (Prov 30,26,LXX). Pois quem é mais fraco que um cristão, mais enfermiço que um monge?

Nenhum comentário:

Postar um comentário