terça-feira, 8 de agosto de 2023

SANTOS CIRÍACO, LARGO E ESMERALDO, MÁRTIRES

SÃO CIRÍACO
Estes três Santos prestavam assistência aos cristãos prisioneiros, destinados ao trabalho forçado para a construção das Termas de Diocleciano. Ao serem descobertos, foram presos e realizavam milagres. Por isso, foram martirizados pelo imperador Maximiano, em 306, e sepultados na Via Ostiense. 
São Ciriaco sofreu o martírio em Roma, junto com seus companheiros Largo, Memmia, Crescenziano, Giuliana, Smaragdo. Durante uma perseguição (início do século IV) Ciríaco, Largus e Smaragdus foram presos, onde fizeram milagres: Ciríaco exorcizou Artemia, filha do imperador Diocleciano, que libertou os três cristãos. Após sua abdicação, o imperador Maximiano mandou prender e decapitar os três companheiros. O culto de Ciríaco logo se espalhou, como evidenciado pelas igrejas erguidas em sua homenagem em Roma, que hoje quase todas desapareceram. Na Idade Média as relíquias do santo, transferidas para a Saxônia, tiveram grande culto. No calendário da forma extraordinária do Rito Romano, a comemoração dos Santos Ciríaco, Largo e Smaragdo é colocada no dia 8 de agosto. 
Etimologia: Ciríaco = mestre, senhor, do grego 
Emblema: Palma 
Martirológio Romano: Em Roma, na sétima milha da Via Ostiense, santos Ciríaco, Largo, Crescenziano, Memmia, Giuliana e Smaragdus, mártires. São conhecidos 27 santos com o nome de Ciríaco, quase todos mártires e quase todos pertencentes a pequenos grupos, que sofreram o martírio juntos. Isso também sim. O mártir Ciríaco em Roma, faz parte de um grupo de seis mártires, que obrigatoriamente devem ser citados para nos ajudar a distingui-lo de dois outros Ciríacos, que também foram mártires em Roma. Seus companheiros são Largo, Memmia, Crescenziano, Giuliana, Smaragdo, todos comemorados no mesmo dia 8 de agosto. Infelizmente, precisamente por causa da repetição do nome Ciríaco para vários mártires, surgiu uma certa confusão na identificação deles; temos em conta vários factores, o afastamento do tempo, a falta de documentação contemporânea, os achados arqueológicos encontrados em vários pontos e sobretudo as várias 'Passio' compiladas em sucessivas e diferentes épocas. A lendária história de Ciriaco e seus companheiros é relatada, pois deriva da 'Passio Marcelli'; o imperador Maximiano (250-310) decide construir as termas em Roma em homenagem ao co-imperador Diocleciano e também usa os cristãos já presos para suas obras; estes são ajudados pelo rico Tresone, através de Ciriaco, Sisinnio, Smaragdo e Largo, os dois primeiros foram ordenados diáconos pelo Papa Marcelo († 309) e encarregados precisamente de ajudar e assistir os cristãos presos na sequência da perseguição em curso, mas o grupo que ele foi descoberto e condenado com os outros a trabalhar no spa. Reacendida a perseguição, Sisinnio foi preso e depois martirizado junto com o velho Saturnino em 29 de novembro; Ciriaco, Largo e Smaragdo permaneceram na prisão, são visitados por outros cristãos e também fazem milagres, como Ciriaco que exorciza Artemia, filha de Diocleciano, possuída pelo demônio e depois a batiza. O agradecido Diocleciano (243-313) deixa os três cristãos livres e também lhes dá uma casa; conta ainda a lenda que os três viajam para a Pérsia, onde realizam prodígio semelhante com Giovia, filha do rei Sapor († 272), depois regressam a Roma, onde na casa que lhes foi dada montaram uma pia batismal e na qual O Papa Marcelo batiza seus convertidos. Após a abdicação de Diocleciano em 305, o outro imperador Maximiano mandou prender os três cristãos, junto com Crescenziano, que foi torturado e morreu primeiro em 24 de novembro e foi sepultado no cemitério de Priscila. Enquanto Ciriaco, Largo e Smaragdo, junto com outros cristãos, incluindo Memmia e Giuliana, cujos nomes são conhecidos, são levados para a Via Salaria e decapitados lá em 16 de março e enterrados no mesmo local. No dia 8 de agosto seguinte, o Papa Marcelo transferiu seus corpos para a sétima milha da Via Ostiense. A casa inicialmente destinada ao prefeito Carpasio foi transformada em balneário público e posteriormente fechada e abandonada. As datas não coincidem, mas isso é fruto do que foi dito antes. No 'Liber Pontificalis' é relatado que o Papa Honório (625-638) mandou construir uma igreja apenas em homenagem aos s. Ciriaco e assim também nas biografias do Papa Leão III e do Papa Bento III esta igreja é mencionada; as ruínas desta antiga basílica foram redescobertas em 1915 na via Ostiense. O culto a S. Ciriaco em Roma durante a Idade Média, teve uma notável difusão, como atestam as várias igrejas erguidas em sua homenagem, quase todas desaparecidas; em 817 pelo Papa Pascoal I as relíquias do santo foram transferidas da igreja da via Ostiense, para a igreja de Santa Prassede e posteriormente para a igreja de S. Ciriaco di Neuhausen perto de Worms, e nesta área da Saxônia o santo tinha um grande culto e toda uma tradição iconográfica. 
Autor: Antonio Borrelli

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