sábado, 8 de julho de 2023

São Procópio de Cesaréia da Palestina Mártir 8 de julho

(*)Aelia (Jerusalém) 
(†)Cesaréia da Palestina, 8 de julho de 303 
Procópio nativo de Aelia (Jerusalém) nasceu no terceiro século e morreu em 8 de julho de 303. Ele é o primeiro cristão a morrer por sua fé na Palestina nos anos que se seguiram ao decreto de perseguição de Diocleciano em 303. Procópio foi levado perante o tribunal do governador onde lhe pediram para sacrificar aos deuses, mas recusou, depois foi convidado a fazer libações aos quatro imperadores, mas mais uma vez respondeu, citando um lema de Homero «Não é bom que haja um governo de muitos; um é o governante, um é o rei." Foi uma resposta indesejável para seus juízes, que o mataram. Procópio havia se estabelecido em Citópolis, onde exercia três funções: leitor, intérprete na língua síria e exorcista. Desde a adolescência dedicou-se à castidade e à prática das virtudes, com jejuns severos e devotados ao ascetismo; se nas ciências profanas era de cultura medíocre, ao contrário, a Palavra de Deus era seu único objeto de estudo. Em Scythopolis, uma capela foi erguida para ele no bispado; em Cesarea di Palestina, lugar de seu martírio, uma igreja foi erguida em sua homenagem.(futuro) 
Etimologia: Procópio = quem promove, do grego 
Emblema: Palma 
Martirológio Romano: Em Cesaréia na Palestina, São Procópio, mártir, que trouxe para cá sob o imperador Diocleciano da cidade de Scythopolis, na primeira ousadia em suas respostas, foi condenado à morte pelo juiz Fabiano. O historiador Eusébio de Cesaréia, em sua obra “Os mártires da Palestina” nos dá informações de primordial importância, a respeito dos cristãos que morreram por sua fé, nos anos que se seguiram ao decreto de perseguição de Diocleciano de 303, imediatamente implementado na Palestina. Eusébio menciona Procópio como o primeiro dos mártires da Palestina, mas com poucas informações; ele foi levado perante o tribunal do governador onde foi convidado a sacrificar aos deuses, mas Procópio recusou, então ele foi convidado a fazer libações aos quatro imperadores, mas mais uma vez ele respondeu, citando um lema de Homero "Não é bom que que haja um governo de muitos; que um seja o governante, outro o rei”. Por ser uma resposta que não agradou aos seus juízes, ele imediatamente teve sua cabeça cortada. O dia do martírio foi interpretado de várias maneiras, mas então prevaleceu a versão dos calendários bizantinos que dizem 8 de julho, sendo o ano 303. De uma tradução síria e latina, de uma narrativa mais longa, da qual são preservados fragmentos em grego, pode-se acrescentar ao que já foi dito, que Procópio, natural de Aelia (Jerusalém), havia se estabelecido em Scythopolis, onde desempenhou três funções: leitor, intérprete na língua síria e exorcista. Desde a adolescência dedicara-se à castidade e à prática das virtudes, com jejuns severos e dedicado à ascese; se nas ciências profanas era de cultura medíocre, ao contrário, a Palavra de Deus era seu único objeto de estudo. A história continua com Procópio levado com outros companheiros para Cesarea di Palestina, na presença do governador Firmiliano e do juiz Flaviano e daqui se liga ao que já foi dito acima. A figura de S. O Mártir Procópio constitui um 'caso' à parte na metodologia hagiográfica antiga, de facto três 'lendas' sucessivas elaboram a sua figura e o seu martírio, entrelaçando-o com elementos fantásticos e lendários; que por sua vez passaram a várias homilias ou panegíricos em homenagem ao mártir; também influenciando Calendários Bizantinos, Martirológios e Sinaxários. Da primeira 'lenda' menciono apenas o episódio que vê o carrasco Arquelau, que levanta a mão para executá-lo, fica paralisado e morre, depois o episódio seguinte que vê Procópio, que foi colocado queimando carvão e incenso na palma da mão de sua mão, para colocá-la no altar dos deuses, que permanece imóvel apesar das queimaduras. Na segunda 'lenda', Procópio é chamado Neanias e é convertido após uma visão da Cruz; o nome Procópio reaparece quando, estando na prisão, Jesus lhe aparece e o batiza, mudando-lhe o nome; de resto esta antiga 'lenda' relata episódios mistos da conversão de s. Paulo, da vitória com o sinal da Cruz de Constantino e outros empréstimos lendários, posteriormente atribuídos a s. Procópio. A popularidade do mártir foi grande na Igreja Bizantina e em toda a antiguidade; embora às vezes seja relatado erroneamente como Cesaréia da Capadócia em vez da Palestina. No Ocidente, o primeiro a introduzi-lo em seu 'Martirológio' foi Bede em 8 de julho e daí passou para a mesma data no 'Martirológio Romano'. Em Scythopolis, sua cidade natal e local de seu ministério, uma capela foi erguida para ele no bispado; em Cesárea da Palestina, lugar do seu martírio, foi erguida uma igreja em sua homenagem, reconstruída em 484 pelo imperador Zenão; enquanto em Antioquia suas relíquias foram depositadas na igreja de S. Michele; Finalmente, em Constantinopla, havia quatro igrejas em sua homenagem. 
Autor: Antonio Borrelli

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