sexta-feira, 21 de julho de 2023

EVANGELHO DO DIA 21 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 12,1-8. 
Naquele tempo, Jesus passou através das searas em dia de sábado e os discípulos, sentindo fome, começaram a apanhar e a comer espigas. Os fariseus viram e disseram a Jesus: «Vê como os teus discípulos estão a fazer o que não é permitido ao sábado». Jesus respondeu-lhes: «Não lestes o que fez David, quando ele e os seus companheiros sentiram fome? Entrou na casa de Deus e comeu dos pães da proposição, que não era permitido comer, nem a ele nem aos seus companheiros, mas somente aos sacerdotes. Também não lestes na Lei que, ao sábado, no Templo, os sacerdotes violam o repouso sabático e ficam isentos de culpa? Eu vos digo que está aqui alguém que é maior que o Templo. Se soubésseis o que significa: "Eu quero misericórdia e não sacrifício", não condenaríeis os que não têm culpa. Porque o Filho do homem é Senhor do sábado». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Orígenes (185-253) presbítero, teólogo 
Homilias sobre o Livro dos Números, n.° 23 
«O Filho do homem é Senhor do sábado» 
Não vemos que as palavras do Génesis: «Deus repousou, no sétimo dia, do trabalho por Ele realizado» (Gn 2,2) se tenham realizado neste sétimo dia da Criação, nem que se realizem hoje. Vemos Deus sempre a trabalhar. Não há sábado em que Deus pare de trabalhar, não há dia em que Ele deixe de «fazer com que o sol se levante sobre os bons e os maus e fazer cair a chuva sobre os justos e os pecadores» (Mt 5,45), em que deixe de «fazer crescer as ervas nas montanhas e as plantas para o alimento dos homens» (Sl 146,8), em que deixe de «dar a morte e a vida» (1Sam 2,6). Assim, o Senhor responde àqueles que O acusam de trabalhar e de curar ao sábado: «Meu Pai trabalha continuamente e Eu também trabalho» (Jo 5,17), querendo com isto dizer que, durante o tempo deste mundo, não há sábado em que Deus descanse de zelar pelo andamento do mundo e pelos destinos do género humano. Na sua sabedoria de Criador, Ele não cessa de exercer a sua providência e a sua benevolência sobre as suas criaturas, «até ao fim do mundo» (Mt 28,20). Portanto, o verdadeiro sábado em que Deus descansará de todos os seus trabalhos será o mundo futuro, quando «fugirão a tristeza e os gemidos» (Is 35,10 LXX), e Deus será «tudo em todos» (Col 3,11).

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