Evangelho segundo São João 14,6-14.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida: ninguém vai ao Pai senão por Mim.
Se Me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. Mas desde agora já O conheceis e já O vistes».
Disse-Lhe Filipe: «Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta».
Respondeu-lhe Jesus: «Há tanto tempo que estou convosco e não Me conheces, Filipe? Quem Me vê, vê o Pai. Como podes tu dizer: "Mostra-nos o Pai"?
Não acreditas que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim? As palavras que Eu vos digo, não as digo por Mim próprio; mas é o Pai, permanecendo em Mim, que faz as obras.
Acreditai-Me: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim; acreditai ao menos pelas minhas obras.
Em verdade, em verdade vos digo: quem acredita em Mim fará também as obras que Eu faço e fará obras ainda maiores, porque Eu vou para o Pai.
E tudo quanto pedirdes em meu nome, Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
Se pedirdes alguma coisa em meu nome, Eu a farei».
Tradução litúrgica da Bíblia
Constituição dogmática sobre a Igreja
«Lumen gentium» §23
Os bispos, sucessores dos apóstolos
Cada um dos bispos é princípio e fundamento visível da unidade nas respetivas igrejas, formadas à imagem da Igreja universal, das quais e pelas quais existe a Igreja católica, una e única. Pelo que cada um dos bispos representa a sua igreja e todos, em união com o Papa, no vínculo da paz, do amor e da unidade, a Igreja inteira.
Cada um dos bispos que estão à frente de igrejas particulares desempenha a sua ação pastoral sobre o porção do Povo de Deus a ele confiada, não sobre as outras igrejas nem sobre a Igreja universal. Porém, enquanto membros do colégio episcopal e legítimos sucessores dos apóstolos, estão obrigados, por instituição e preceito de Cristo, à solicitude sobre toda a Igreja, a qual, embora não se exerça por um ato de jurisdição, concorre, contudo, grandemente para o bem da Igreja universal. Todos os bispos devem, com efeito, promover e defender a unidade da fé e a disciplina comum a toda a Igreja; formar os fiéis no amor ao Corpo místico de Cristo, principalmente aos membros pobres, sofredores e que padecem perseguição por amor da justiça (cf Mt 5,10); devem, finalmente, promover todas as atividades que são comuns a toda a Igreja, sobretudo para que a fé se difunda e a luz da verdade total nasça para todos os homens.
O cuidado de anunciar o Evangelho em todas as partes da Terra pertence ao corpo dos pastores, aos quais, em conjunto, deu Cristo o mandato, impondo este comum dever. Cada um dos bispos, quanto o desempenho do seu próprio ministério o permitir, está obrigado a colaborar com os demais bispos e com o sucessor de Pedro, a quem, dum modo especial, foi confiado o nobre encargo de propagar o cristianismo.
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