Ananias, Misael e Azarias, também conhecidos por seus nomes, em caldeu, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, foram, segundo a narrativa bíblica, três jovens príncipes judeus levados como prisioneiros de guerra pelas tropas do Império Babilônico, em meio a Rebelião para Independência de Judá. Ao fim do conflito, de acordo com a tradição rabínica, os jovens foram castrados por ordens do rei babilônico, com o objetivo de desencorajar lideranças e frustrar o sentimento de independência em meio ao povo dominado. O episódio mais marcante de suas vidas foi quando os três se recusaram a adorar um ídolo, foram jogados na fornalha ardente, e escaparam ilesos, por um milagre. A história dos três jovens é uma das chamadas “Adições em Daniel” e é um dos mais famosos relatos bíblicos.
Jeoaquim, rei de Judá, no terceiro ano de domínio babilônico sobre seu reino, rebelou-se e declarou independência. Nabucodonosor, imperador da Babilônia, atacou Jerusalém, e os seus soldados cercaram a cidade. Nabucodonosor reconquistou a cidade e tomou os objetos de valor que havia no Templo de Jerusalém para que fossem conduzidos ao templo do seu deus, na sala do tesouro. Então Nabucodonosor chamou Aspenaz, o chefe dos seus eunucos, e mandou que escolhesse entre os prisioneiros israelitas jovens das famílias que haviam liderado a rebelião judáica. Ou seja, da família real e dos nobres.
Os jovens selecionados por Aspenaz deveriam ser judeus proeminentes. Todos deviam ter boa aparência e não ter defeito físico. Deviam ser cultos e instruídos para assistir como eunucos no palácio do rei. E precisariam aprender a língua e estudar os escritos dos babilônios. Entre os que foram escolhidos estavam Daniel, Ananias, Misael e Azarias. Aspenaz lhes deu outros nomes babilônicos, isto é, Beltessazar, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, respectivamente.
A passagem inclui uma prece de penitência de Azarias, enquanto os três jovens estavam ardendo na fornalha, um breve relato do anjo que os encontrou ali e o hino de honra que eles cantaram quando foram libertados.
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