sábado, 9 de julho de 2022

EVANGELHO DO DIA 9 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 10,24-33. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: «O discípulo não é superior ao mestre, nem o servo é superior ao seu senhor. Ao discípulo basta ser como o seu mestre e ao servo ser como o seu senhor. Se ao chefe da família chamaram Belzebu, quanto mais aos da sua casa? Não tenhais medo dos homens, pois nada há encoberto que não venha a descobrir-se, nada há oculto que não venha a conhecer-se. O que vos digo às escuras, dizei-o à luz do dia; e o que escutais ao ouvido, proclamai-o sobre os telhados. Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Temei antes Aquele que pode lançar na geena a alma e o corpo. Não se vendem dois passarinhos por uma moeda? E nem um deles cairá por terra sem consentimento do vosso Pai. Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Portanto, não temais: valeis muito mais do que todos os passarinhos. A todo aquele que se tiver declarado por Mim diante dos homens, também Eu Me declararei por ele diante do meu Pai que está nos Céus. Mas àquele que Me negar diante dos homens, também Eu o negarei diante do meu Pai que está nos Céus».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Tomás de Celano(1190-1260) 
Biógrafo de São Francisco e de Santa Clara 
Primeira vida de São Francisco, §58 
«E nem um deles [pássaros] cairá por terra sem 
o consentimento do vosso Pai. Não temais!» 
Aproximando-se de um grande bando de pássaros, o beato Francisco constatou que estes o esperavam; saudou-os como habitualmente, maravilhou-se ao ver que não levantavam voo como seria normal e disse-lhes que deviam escutar a Palavra de Deus, pedindo-lhes humildemente que prestassem atenção. Disse-lhes, entre outras coisas: «Meus irmãos pássaros, é bom que louveis o vosso Criador e O ameis sempre: Ele deu-vos as penas para vos vestirdes, as asas para voardes e tudo aquilo de que precisais para viver. De todas as criaturas de Deus, sois vós as mais agraciadas. Deu-vos como domínio os ares e a sua limpidez. Não precisais de semear nem de colher; Ele dá-vos alimento e abrigo sem que tenhais de vos inquietar» (cf Mt 6,26). Ao ouvirem estas palavras, que também se referiam ao próprio santo e aos seus companheiros, os pássaros exprimiram à sua maneira uma alegria admirável: alongaram o pescoço, abriram as asas e o bico, e olharam-no atentamente; ele ia e vinha entre eles, roçando-lhes a cabeça e o corpo com a túnica. Finalmente, abençoou-os, traçando sobre eles o sinal da cruz, e permitiu-lhes levantar voo. Depois retomou o caminho com os seus companheiros e, exultando de alegria, deu graças a Deus, assim reconhecido e venerado por todas as suas criaturas. Francisco não era um pobre de espírito; mas tinha a graça da simplicidade e, por isso, recriminava-se por ainda não ter pregado aos pássaros, uma vez que esses animais escutavam com tanto respeito a Palavra de Deus. A partir desse dia, não deixaria de exortar as aves, todos os animais, os répteis e mesmo as criaturas inanimadas a amarem e louvarem o Criador.

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