domingo, 17 de julho de 2022

EVANGELHO DO DIA 17 DE JULHO

Evangelho segundo São Lucas 10,38-42. 
Naquele tempo, Jesus entrou em certa povoação e uma mulher chamada Marta recebeu-O em sua casa. Ela tinha uma irmã chamada Maria, que, sentada aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. Entretanto, Marta atarefava-se com muito serviço. Interveio então e disse: «Senhor, não Te importas que minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe que venha ajudar-me». O Senhor respondeu-lhe: «Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com muitas coisas, quando uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Teresa de Ávila(1515-1582) 
Carmelita descalça, doutora da Igreja 
O Caminho de Perfeição, cap. 36, 1-6 
(Paço d'Arcos, Edições Carmelo, 2000). 
«Perdoai-nos as nossas ofensas» 
«Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.» Reparemos, irmãs, que não disse «como perdoaremos», para nos dar a entender que quem já pôs a sua vontade na de Deus, isto já deve ter feito. Assim, quem deveras tiver dito ao Senhor esta palavra: «seja feita a vossa vontade», tudo isto há-de ter feito, ao menos com a determinação. Vede aqui como os santos se alegravam com as injúrias e perseguições, porque assim tinham alguma coisa a apresentar ao Senhor quando Lhe pediam. Que fará uma tão pobre como eu, que tão pouco tenha tido a perdoar, e tanto que se lhe perdoe? Coisa é esta, irmãs, para olharmos muito a ela: uma coisa tão grave e de tanta importância como é o perdoar-nos Nosso Senhor as nossas culpas com coisa tão pequena, como é o nós perdoarmos. E ainda destas pequenezes tenho tão pouco a oferecer, que a troco de nada me haveis de perdoar, Senhor! Aqui tem lugar a vossa misericórdia. Bendito sejais Vós, por me sofrerdes, a mim, tão pobre! Não façam caso dumas coisitas a que chamam agravos, parece que fazemos como as crianças, casas de palhinhas, com esses pontos de honra! Chegaremos até a pensar que temos feito muito se perdoarmos uma coisita destas, que nem era agravo, nem injúria, nem nada; e tal como quem tem feito alguma coisa, viremos pedir ao Senhor que nos perdoe, pois temos perdoado! Dai-nos, meu Deus, a entender que não nos entendemos, e que estamos com as mãos vazias, e perdoai-nos Vós por vossa misericórdia!

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