José de Anchieta nasceu em 19 de março de 1534 na vila de San Cristobal de la Laguna (Tenerife, Ilhas Canárias). Ingressou na Companhia de Jesus na Província de Portugal em 1º de maio de 1551. Dois anos depois era José de Anchieta, jesuíta, beato enviado ao Brasil.
"Ele tinha apenas vinte anos - escreve o padre Daurignac em sua "História da Companhia de Jesus" - acabara de entrar na Companhia de Jesus, no Brasil, e para iniciar seu noviciado, padre Nóbrega o enviou para oferecer termos de paz a um tribo inimiga chamada Tamuyas. Mas esses selvagens, que não queriam paz, respondem ao jovem noviço designando o dia em que o comerão em uma de suas horríveis solenidades. José de Anchieta olha para eles, seu rosto não trai a menor emoção, um sorriso de bondade desponta em seus lábios, ele diz gentilmente, mas com voz confiante:
“Não tenho nada a temer exceto de Deus somente, e o momento da morte não chegou para mim."
Ele permanece no meio dos Tamuyas dos quais poderia ter fugido e que não conseguem entender essa calma e coragem diante de suas ameaças de morte. O herói fala-lhes do Evangelho que lhes traz, da cruz de Jesus Cristo que salvou o mundo e que os salvará, e faz-se ouvir, faz-se amado e admirado, superou os Tamuyas de quem faz Cristãos. »
Eis, pois, a primeira tarefa, a primeira missão deste intrépido jesuíta que só se interessava pela glória de Deus e pela salvação das almas.
Apesar da chegada dos protestantes, que se dividiram entre si, o bom e santo jesuíta continuou seu ministério com sucesso e um número impressionante de conversões, onde os milagres eram muitas vezes a confirmação de sua boa doutrina e sua íntima e infalível união com o Pastor. , Jesus Cristo.
No seu amor a Cristo, dedicou-se inteiramente a promover, à luz do Evangelho, o bem dos nativos, tanto a nível humano como cristão. À custa de múltiplas e incansáveis atividades apostólicas, continuou este trabalho até sua morte.
Ordenado sacerdote em 1566 e eleito Superior das comunidades de São Vicente e São Paulo, foi nomeado, dez anos depois, Provincial de toda a missão do Brasil, ofício no qual se mostrou por dez anos Superior cheio de sabedoria e um guia notável.
José de Anchieta foi o primeiro a compor uma gramática da língua dos indígenas que evangelizava; foi também o primeiro a compor um catecismo na mesma língua; como exigia sua tarefa de missionário e apóstolo, buscou todos os meios possíveis para aliviar a situação dos nativos, e tudo fez para elevar seu padrão de vida, tanto humana como social e moralmente. Isso logo ficou conhecido em todo o Brasil; por isso foi chamado por todos “o Apóstolo do Brasil”.
Faleceu em 9 de junho de 1597 em Reritiba; esta cidade leva hoje, em sua homenagem, o nome de Anchieta.
João Paulo II o inscreveu entre os Beatos em 22 de junho de 1980.
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