terça-feira, 10 de maio de 2022

EVANGELHO DO DIA 10 DE MAIO

Evangelho segundo São João 10,22-30. 
Naquele tempo, celebrava-se em Jerusalém a festa da Dedicação do Templo. Era inverno e Jesus passeava no templo, sob o Pórtico de Salomão. Então, os judeus rodearam-no e disseram: «Até quando nos vais trazer em suspenso? Se és o Messias, diz-nos claramente». Jesus respondeu-lhes: «Já vo-lo disse, mas não acreditais. As obras que Eu faço em nome de meu Pai dão testemunho de Mim. Mas vós não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas escutam a minha voz: Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me. Eu dou-lhes a vida eterna e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que Mas deu, é maior do que todos, e ninguém pode arrebatar nada da mão do Pai. Eu e o Pai somos um só». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Agostinho(354-430) 
Bispo de Hipona (norte de África), 
doutor da Igreja 
Sobre a Trindade I, 13, 30-31 
«Até quando nos vais trazer em suspenso?» 
Sendo igual ao Pai, o Filho de Deus não recebeu o poder de julgar, mas tem-no em comum com o Pai; e recebeu-o de modo que tanto os bons como os maus O vejam julgar, porque Ele é o Filho do homem. A visão do Filho do homem também será dada aos perversos, mas a visão da sua divindade será dada apenas aos puros de coração, porque estes verão a Deus (cf Mt 5,8). O que é a vida eterna senão esta visão, que será negada aos ímpios? «Esta é a vida eterna: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem Tu enviaste» (Jo 17,3). Eles conhecerão o próprio Jesus Cristo como único Deus verdadeiro, que Se revelará a todos. Ele apresentar-Se-á cheio de bondade à vista dos corações puros. «Deus é bom para Israel, para os que têm um coração puro!» (Sl 72,1). Só Deus é bom. Foi por isto que o jovem que chamou ao Senhor «bom mestre», pedindo-Lhe conselho para chegar à vida eterna, obteve esta resposta: «Porque Me interrogas sobre o que é bom? Ninguém é bom senão um só: Deus» (Mc 10,17-18). Este jovem não sabia a quem se dirigia e tomou-O por um simples filho de homem. «Este aspeto de que Me revisto é o aspecto do Filho do homem, aquele que foi assumido, aquele que aparecerá aquando do juízo final, tanto aos ímpios como aos justos. Mas há uma visão da minha condição divina; quando a tive, não prevaleci do facto de tal condição Me tornar igual a Deus, antes Me aniquilei a Mim mesmo para assumir a outra condição» (cf Fil 2,6-7). Por conseguinte Ele, o Deus único, Pai, Filho e Espírito Santo, aparecerá apenas para alegria permanente dos justos.

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