quarta-feira, 9 de março de 2022

EVANGELHO DO DIA 9 DE MARÇO

Evangelho segundo São Lucas 11,29-32. 
Naquele tempo, aglomerava-se uma grande multidão à volta de Jesus e Ele começou a dizer: «Esta geração é uma geração perversa: pede um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal de Jonas. Assim como Jonas foi um sinal para os habitantes de Nínive, assim o será também o Filho do homem para esta geração. No juízo final, a rainha do sul levantar-se-á com os homens desta geração e há de condená-los, porque veio dos confins da Terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e aqui está quem é maior do que Salomão. No juízo final, os homens de Nínive levantar-se-ão com esta geração e hão de condená-la, porque fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas; e aqui está quem é maior do que Jonas». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Pedro Crisólogo(406-450)
Bispo de Ravena,doutor da Igreja 
Sermão 37; PL 52, 304-306 
O sinal de Jonas 
Toda a história de Jonas no-lo revela como uma prefiguração perfeita do Salvador. Jonas desceu a Jope para apanhar um barco com destino a Tarsis; o Senhor desceu do Céu à Terra, a divindade à humanidade, a Potestade soberana à nossa miséria, para embarcar no navio da sua Igreja. É Jonas que toma a iniciativa de se deitar ao mar -- «pegai em mim e lançai-me ao mar», anunciando assim a Paixão voluntária do Senhor. Quando a salvação de uma multidão depende da morte de um só, essa morte está nas mãos do homem que tem o poder de a atrasar, ou, pelo contrário, de a apressar, antecipando-se ao perigo. Todo o mistério do Senhor está aqui prefigurado. Para Ele, a morte não é uma necessidade; releva da sua livre iniciativa: «Ninguém Ma tira [a vida], mas sou Eu que a dou. Tenho poder de a dar e poder de a retomar» (Jo 10,18). Reparai no enorme peixe, imagem horrível e cruel do inferno. Ao devorar o profeta, ele sente a força do Criador e oferece a este viajante vindo do alto a permanência nas suas entranhas. Três dias depois, dá-o à luz, para o dar aos pagãos. Foi este o sinal, o único sinal, que Cristo consentiu em dar aos escribas e aos fariseus (cf Mt 12,39), para lhes fazer compreender que a glória que eles esperavam que lhes viesse de Cristo também se voltaria para os pagãos, pois os ninivitas são um símbolo das nações que creram nele. Que felicidade para nós, meus irmãos! Nós veneramos, vemos e possuímos, face a face e em toda a sua verdade, Aquele que tinha sido anunciado e prometido simbolicamente.

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