O santo mártir Domécio era de origem persa e viveu no século IV, nos anos do imperador Constantino, o Grande. Foi instruído na fé cristã por um cristão de nome «Uaros» e, quando os seus familiares ficaram sabendo, voltaram-se contra Domécio que se viu então obrigado a abandoná-los. Domécio ficou escondido na cidade de Niziba (na Mesopotâmia), na fronteira bizantina, e depois de receber o batismo num dos monastérios, foi tonsurado monge e lá permaneceu isolado. Mais tarde, transferiu-se para o monastério dos Santos Sérgio e Baco, na cidade de Theodosiopolis, onde se aperfeiçoou em grande nível nas suas virtudes através do estudo e meditação dos Evangelhos. O monastério estava sob a direção de um arquimandrita chamado Nurbelos – um rigoroso asceta, Este, percebendo a superioridade espiritual de Domécio, após ordená-lo diácono, quis elevá-lo ao sacerdócio. Porém, a luta de Domécio não objetivava cargos e títulos, ao contrário, buscava descobrir como fugir deles, pois aprendeu do Senhor Jesus Cristo a ser «humilde de coração», humilde, não no sentido comum do termo, mas nas disposições interiores. Por isso fugiu para uma montanha na Síria, na região de Cyr, e lá viveu numa caverna com seus dois discípulos. Certa vez, passava por aquele lugar o imperador Juliano, o apóstata (361-363) que estava em viagem de campanha contra os persas. Por ordem do imperador, seus soldados foram em direção a Domécio e, encontrando-o orando com seus discípulos no interior da caverna, apedrejaram-lhes até à morte (+ 363).
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