segunda-feira, 9 de agosto de 2021

EVANGELHO DO DIA 9 DE AGOSTO

Evangelho segundo São Mateus 25,1-13. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «O Reino dos Céus pode comparar-se a dez virgens, que, tomando as suas lâmpadas, foram ao encontro do esposo. Cinco eram insensatas e cinco eram prudentes. As insensatas, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo, enquanto as prudentes, com as lâmpadas, levaram azeite nas almotolias. Como o esposo se demorava, começaram todas a dormitar e adormeceram. No meio da noite ouviu-se um brado: "Aí vem o esposo; ide ao seu encontro". Então, as virgens levantaram-se todas e começaram a preparar as lâmpadas. As insensatas disseram às prudentes: "Dai-nos do vosso azeite, que as nossas lâmpadas estão a apagar-se". Mas as prudentes responderam: "Talvez não chegue para nós e para vós. Ide antes comprá-lo aos vendedores". Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o esposo. As que estavam preparadas entraram com ele para o banquete nupcial; e a porta fechou-se. Mais tarde, chegaram também as outras virgens e disseram: "Senhor, senhor, abre-nos a porta". Mas ele respondeu: "Em verdade vos digo: não vos conheço". Portanto, vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Bento XVI papa de 2005 a 2013 
Audiência Geral de 13 de agosto de 2008
(trad.© Libreria Editrice Vaticana) 
Jesus também está aqui, no meio de nós 
Quem reza nunca perde a esperança, mesmo quando se encontra em situações difíceis e até humanamente desesperadas. É isto que a Sagrada Escritura nos ensina e que a história da Igreja testemunha. Com efeito, quantos exemplos poderíamos dar de situações em que foi precisamente a oração que sustentou o caminho dos santos e do povo cristão! Entre os testemunhos da nossa época, gostaria de citar o de dois santos, cuja memória festejamos nestes dias: Teresa Benedita da Cruz, Edith Stein, cuja festa pudemos celebrar no dia 9 de agosto, e Maximiliano Kolbe, que recordaremos amanhã, 14 de agosto, vigília da solenidade da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria. Ambos concluíram a sua vicissitude terrena com o martírio no lager de Auschwitz. À primeira vista, a sua existência pode ser considerada uma derrota; mas precisamente no seu martírio resplandece o fulgor do Amor, que vence as trevas do egoísmo e do ódio. A São Maximiliano Kolbe são atribuídas as seguintes palavras, que terá pronunciado em pleno furor da perseguição nazi: «O ódio não é uma força criativa, só o amor o é». No dia 6 de agosto do ano seguinte, três dias antes da sua dramática morte, Edith Stein disse a umas religiosas do mosteiro de Echt, na Holanda: «Estou pronta para tudo. Jesus também está aqui, no meio de nós. Até agora, pude rezar muito bem, dizendo de todo o coração: "Ave, Crux, spes unica" [Ave, ó Cruz, nossa única esperança]». As testemunhas que conseguiram escapar a este massacre horrível narraram que Teresa Benedita da Cruz, envergando o hábito de carmelita, caminhou conscientemente para a morte, distinguindo-se pelo seu comportamento repleto de paz, pela sua atitude tranquila, pela sua calma e atenção às necessidades de todos. A oração foi o segredo desta santa, copadroeira da Europa, que, «mesmo depois de ter alcançado a verdade na paz da vida contemplativa, teve de viver até ao fim o mistério da Cruz» (João Paulo II, «Spes Aedificandi», 8).

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