sexta-feira, 13 de agosto de 2021

EVANGELHO DO DIA 13 DE AGOSTO

Evangelho segundo São Mateus 19,3-12. 
Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus alguns fariseus para O porem à prova e disseram-Lhe: «É permitido ao homem repudiar a sua esposa por qualquer motivo?». Jesus respondeu: «Não lestes que o Criador, no princípio, os fez homem e mulher e disse: "Por isso o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa e serão os dois uma só carne"? Deste modo, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu». Eles objetaram: «Porque ordenou, então, Moisés que se desse um certificado de divórcio para se repudiar a mulher?». Jesus respondeu-lhes: «Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos permitiu repudiar as vossas mulheres. Mas no princípio não foi assim. E Eu digo-vos: Quem repudiar a sua mulher, a não ser em caso de união ilegítima, e casar com outra, comete adultério». Disseram-Lhe os discípulos: «Se é esta a situação do homem em relação à mulher, não é conveniente casar-se». Jesus respondeu-lhes: «Nem todos compreendem esta linguagem, senão aquele a quem é concedido. Na verdade, há eunucos que nasceram assim do seio materno, outros que foram feitos pelos homens e outros que se tornaram eunucos por causa do Reino dos Céus. Quem puder compreender, compreenda». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Pedro Crisólogo(406-450) 
Bispo de Ravena, doutor da Igreja 
Sermão 99; PL 52,477 
«Grande é este mistério» (Ef,32) 
«Nem a mulher é separável do homem, nem o homem da mulher, diante do Senhor», diz o apóstolo Paulo (1Cor 11,11). O homem e a mulher caminham juntos para o Reino. Sem os separar, Cristo chama simultaneamente o homem e a mulher, que Deus uniu e que a natureza liga, dando-lhes a partilhar os mesmos gestos e as mesmas tarefas, em acordo admirável. Pelo laço do casamento, Deus faz que dois seres sejam apenas um e que um seja dois, de maneira que cada um descubra outro eu, que não perde a sua singularidade nem se confunde no casal. Mas por que razão, nas imagens que nos dá do seu Reino, Deus faz que intervenham desta maneira a mulher e o homem? (cf Lc 13,18.21). Porque nos sugere tanta grandeza servindo-Se de exemplos que podem afigurar-se-nos fracos e desproporcionados? Irmãos, um precioso mistério se esconde sob esta pobreza. Nas palavras do apóstolo Paulo: «É grande este mistério, digo-o em relação a Cristo e à Igreja» (Ef 5,32). Estas parábolas evocam o maior projeto da humanidade: o homem e a mulher puseram fim ao processo do mundo, que durava há séculos. Adão, o primeiro homem, e Eva, a primeira mulher, são conduzidos, da árvore do conhecimento do bem e do mal, ao fogo do Evangelho. A sua boca, doente com o fruto da árvore envenenada, sarará com o sabor caloroso da árvore da salvação; árvore com sabor a fogo, que inflama a consciência gelada pela árvore de outrora. Agora, a nudez perde efeito, já não causa vergonha: o homem e a mulher estão totalmente cobertos de perdão.

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