domingo, 4 de julho de 2021

EVANGELHO DO DIA 4 DE JULHO

Evangelho segundo São Marcos 6,1-6. 
Naquele tempo, Jesus dirigiu-Se à sua terra e os discípulos acompanharam-no. Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Os numerosos ouvintes estavam admirados e diziam: «De onde Lhe vem tudo isto? Que sabedoria é esta que Lhe foi dada e os prodigiosos milagres feitos por suas mãos? Não é Ele o carpinteiro, Filho de Maria, e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? E não estão as suas irmãs aqui entre nós?». E ficavam perplexos a seu respeito. Jesus disse-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua terra, entre os seus parentes e em sua casa». E não podia ali fazer qualquer milagre; apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. Estava admirado com a falta de fé daquela gente. E percorria as aldeias dos arredores, ensinando.
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João XXIII(1881-1963)papa 
Diário da alma, 1901-1903 
«Que sabedoria é esta que Lhe foi dada? 
Não é Ele o carpinteiro?» 
Sempre que penso no grande mistério da vida oculta e humilde de Jesus durante os seus primeiros trinta anos, o meu espírito fica ainda mais confundido e faltam-me as palavras. Ah! É bem evidente que, face a uma lição tão luminosa como esta, não só os julgamentos do mundo, mas também os juízos e a maneira de pensar de muitos eclesiásticos parecem completamente falsos e encontram-se no extremo oposto. Da minha parte, confesso que ainda não sei o que isto seja. Da maneira como me conheço, parece-me que só tenho uma aparência de humildade e que do seu verdadeiro espírito, desse desejo de passar despercebido que tinha Jesus Cristo de Nazaré, apenas conheço o nome. E dizer que Jesus passou trinta anos de vida oculta e que era Deus, e era o resplendor da glória e a imagem fiel da substância do Pai (cf Heb 1,3), que veio salvar o mundo, e fez tudo isso para nos ensinar como é necessária a humildade e como é indispensável praticá-la! E eu, que sou tão grande pecador e tão miserável, não penso senão em me comprazer a mim próprio, em me comprazer nos sucessos que me valem um pouco de honra terrena; nem sequer posso conceber o pensamento mais santo sem que nele se imiscua a preocupação com a minha reputação face aos outros. [...] No fim de contas, só com grande esforço me consigo acostumar à ideia do verdadeiro apagamento pessoal, tal como Jesus Cristo o praticou e tal como mo ensina.

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