sexta-feira, 16 de julho de 2021

EVANGELHO DO DIA 16 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 12,1-8. 
Naquele tempo, Jesus passou através das searas em dia de sábado e os discípulos, sentindo fome, começaram a apanhar e a comer espigas. Os fariseus viram e disseram a Jesus: «Vê como os teus discípulos estão a fazer o que não é permitido ao sábado». Jesus respondeu-lhes: «Não lestes o que fez David, quando ele e os seus companheiros sentiram fome? Entrou na casa de Deus e comeu dos pães da proposição, que não era permitido comer, nem a ele nem aos seus companheiros, mas somente aos sacerdotes. Também não lestes na Lei que, ao sábado, no Templo, os sacerdotes violam o repouso sabático e ficam isentos de culpa? Eu vos digo que está aqui alguém que é maior que o Templo. Se soubésseis o que significa: "Eu quero misericórdia e não sacrifício", não condenaríeis os que não têm culpa. Porque o Filho do homem é Senhor do sábado». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Aelredo de Rievaulx 
(1110-1167) 
Monge cisterciense 
 «Espelho da Caridade», III, 3,4 
Observar o sábado 
Primeiro, temos de transpirar fazendo boas obras, para depois repousarmos na paz da consciência. Desse modo, celebramos jubilosamente o primeiro sábado, repousando dos trabalhos servis deste mundo, deixando de carregar o fardo das paixões. Mas podemos sair do quartinho onde celebrámos esse primeiro sábado e descer à sala da estalagem do nosso coração, onde é costume «rejubilar com os que estão na alegria e chorar com os que choram» (Rom 12,15), ser fracos com os que são fracos e arder com os que estão escandalizados (cf 2Cor 11,29). Aí, sentiremos a alma unida à de todos os irmãos pelo cimento da caridade; não seremos perturbados pelo aguilhão do ciúme, inflamados pelo fogo da cólera ou feridos pelas flechas da desconfiança; estaremos livres das devoradoras dentadas da tristeza. Se atrairmos todos os homens ao regaço pacificado do nosso espírito, onde todos se sentirão envolvidos e acalentados por doce afeto, «num só coração e numa só alma» (At 4,32), saboreando esta maravilhosa doçura, o tumulto das cobiças calar-se-á, o barulho das paixões abrandará e operar-se-á dentro de nós um total desprendimento de todas as coisas prejudiciais, um repouso feliz e pacificador, na doçura do amor fraterno. Na quietude deste segundo sábado, a caridade fraterna não deixa subsistir nenhum vício. Impregnado pela doçura pacificadora deste sábado, David exultou com júbilo: «Vede como é bom e agradável vivermos juntos, como irmãos!» (Sl 132,1).

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