domingo, 13 de junho de 2021

EVANGELHO DO DIA 13 DE JUNHO

Evangelho segundo São Marcos 4,26-34. 
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Dorme e levanta-se, noite e dia, enquanto a semente germina e cresce, sem ele saber como. A terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga, por fim o trigo maduro na espiga. E quando o trigo o permite, logo se mete a foice, porque já chegou o tempo da colheita». Jesus dizia ainda: «A que havemos de comparar o Reino de Deus? Em que parábola o havemos de apresentar? É como um grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes que há sobre a terra; mas, depois de semeado, começa a crescer e torna-se a maior de todas as plantas da horta, estendendo de tal forma os seus ramos que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra». Jesus pregava-lhes a palavra de Deus com muitas parábolas como estas, conforme eram capazes de entender. E não lhes falava senão em parábolas; mas, em particular, tudo explicava aos seus discípulos.
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Pedro Crisólogo (406-450) 
Bispo de Ravena,doutor da Igreja 
Sermão 98; CCL 24A, 602 
«Estendendo de tal forma os seus ramos 
que as aves do céu podem abrigar-se 
à sua sombra» 
Como diz Cristo, o Reino de Deus é como um grão de mostarda. Cristo é o Reino: como um grão de mostarda, foi deitado à terra num jardim, o corpo da Virgem. Cresceu e tornou-Se a árvore da cruz, que cobre toda a Terra. Cristo é o Reino, pois nele reside toda a glória do seu Reino. E Cristo é Homem, pois todo o homem é renovado nele. Cristo é o grão de mostarda, o instrumento de que Deus Se serve para fazer descer toda a sua grandeza à pequenez do homem. Ele fez-Se todas as coisas, para renovar todos os homens nele. Enquanto Homem, Cristo recebeu o grão de mostarda que é o Reino de Deus; enquanto Deus, possuía-o desde sempre e deitou a semente à terra no seu jardim. O jardim é esta terra cultivada que se estendeu por todo o mundo, lavrada pela charrua da Boa Nova, encerrada pelos limites da sabedoria, de onde os apóstolos penaram para arrancar todas as ervas daninhas. Dá gosto contemplar os rebentos que são os crentes, os lírios que são as virgens e as rosas que são os mártires: flores que dão constantemente o seu perfume. Cristo semeou, pois, o grão de mostarda no seu jardim. A semente criou raízes quando Ele prometeu o seu Reino aos patriarcas, germinou com os profetas, cresceu com os apóstolos e tornou-se a árvore imensa que estende os seus longos ramos sobre a Igreja, e lhe prodiga os seus dons. Toma as asas de prata da pomba de que fala o profeta (Sl 67,14). Levanta voo para usufruir de um repouso sem fim, fora do alcance dos laços (Sl 90,3), por entre folhagens magníficas. Sê suficientemente forte para levantar voo, e habita em segurança nesta vasta morada.

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