Humildade, no século Rosana, nasceu em Faenza, na Romagna, filha de nobre e rica família. Muitíssimo devotada a Jesus e Maria, para melhor e mais fácil acesso ter a eles, escolheu São João Evangelista como seu padroeiro. Menina muito bonita, os pais gostavam de vesti-la com suntuosidade, mas aquilo a desagradava sobremodo, porque já votava solene desprezo pelas vaidades todas do mundo. Todo o dinheiro que lhe davam, empregava-o Rosana em esmolas. Socorrer os indigentes era o que mais prazer lhe dava. Por várias vezes suplicou aos pais que lhe dessem o consentimento para ser religiosa, mas não o conseguindo, conformava-se, esperando, com paciência, o soar da hora estabelecida por Deus. Apaixonado por Rosana, um primo do imperador Frederico Barbarroxa pediu-lhe a mão, mas acabou por desistir do intento, tal a recusa obstinada que a jovem opôs à proposta. Mais tarde, com o senso da obediência mais desenvolvido, acatou o desejo dos pais, desposando um moço da terra em que nasceu, chamado Hugolotto. Ambos, desde que Hugolotto adoeceu e foi obrigado pelos médicos a guardar continência, retiraram-se para o convento de Santa Perpétua, nas vizinhanças de Faenza. Desde então, a santa adotou o nome de Humildade.
Ora, o bispo da diocese, considerando que Humildade poderia dirigir muitas almas, levando-as à perfeição, propôs-lhe a fundação dum mosteiro, do qual, suplicou-lhe aceitasse o governo.
Amando a solidão, somente por espírito de sacrifício e obediência Humildade aceitou a proposta do bispo – e um convento foi erguido perto de Faenza, sendo dedicado a Nossa Senhora, filiado à ordem de Vallombrosa, austero ramo da ordem de São Bento.
Mais tarde, outra fundação surgiria em Florença.
De Humildade conta-se que, duma feita, quando no convento não havia mais do que um pequenino pão para toda a comunidade, a santa abadessa, ajoelhando-se e recomendando a Deus as filhas todas, multiplicou-se o pãozinho a tal ponto que deu para satisfazer a todas as irmãs.
Falecida no 22 de maio de 1310, Santa Humildade foi grande contemplativa, dando-se a esta prática sempre que o cargo lhe deixava tempo.
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