Sua história foi transmitida por uma lenda fundamentada em tradições populares e, segundo essas singelas tradições, São Lamberto era servo de um patrão pagão em Saragoça (Espanha). Um dia houve uma discussão entre os dois e, enquanto Lamberto trabalhava arando a terra, o patrão lhe ordenou de aceitar os ídolos pagãos. Caso não o fizesse ele seria decapitado. Apesar da ameaça, Lamberto manteve-se firme e o patrão, por outro lado, contrariado pela teimosia e pela insubordinação de seu servo, tomado pela ira, cortou-lhe a cabeça. Segundo a lenda, Lamberto, decapitado, teria se abaixado e tomado entre as mãos sua própria cabeça. Deixando a junta de bois, se encaminhou com sua cabeça entre as mãos, a pé, até a igreja de Santa Engrácia, indicando assim o lugar onde queria ser sepultado. Em 1389 foram descobertos em Saragoça os túmulos de 18 mártires – que foram chamados na época de “inumeráveis” – situados na cripta da igreja de Santa Engrácia. Em meio a essas relíquias, encontrou-se aquelas pertencentes a São Lamberto. Essa descoberta fomentou seu culto, a ponto tal, que o Papa Adriano VI, ao passar por Saragoça desejou venerar as relíquias de São Lamberto. Em 1522, esse mesmo Papa deu a permissão para construir um mosteiro sobre o local que tradicionalmente se atribuiu a realização do martírio de Lamberto. Infelizmente esse mosteiro foi destruído em 1808 durante a guerra de independência da Espanha contra a França.
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