segunda-feira, 5 de abril de 2021

Santa Catarina Tomás - Virgem (†1574)

Catarina Tomás nasceu no dia 1 de maio de 1531 na ilha de Maiorca, no arquipélago das Baleares. Sua família era de condições modestas, mas soube transmitir a fé para os filhos – sete, ao todo. Catarina aprendeu a rezar as ave-marias, mas não possuindo um terço, aprendeu a rezar o rosário, contanto as folhas de um raminho de oliveira. Com apenas sete anos de idade ficou órfã e teve que se mudar para a casa dos tios. Aí começou a cuidar dos rebanhos e sofria com o distanciamento da Igreja, pois estava habituada a ir todos os dias. Agora, só podia participar da missa aos domingos. Foi assim que, na solidão dos campos, ela construía pequenos altares junto às oliveiras e se dedicava à oração. Logo foi se formando nela o desejo pela vida religiosa. Mais tarde pode conversar com o Padre Antônio Castanheda que a ajudou a fazer a escolha de entrar na vida religiosa. Seus tios logo ficaram zangados, pois enxergava na jovem apenas uma analfabeta sem cultura. Contudo, as palavras de Padre Antônio foram acalmando os ânimos. Foi trabalhar então numa família de Palma de Maiorca onde Catarina pôde aprender a ler e a escrever. Sozinha começou a praticar algumas leituras espirituais. Finalmente, foi acolhida no mosteiro das Cônegas Regulares de Santo Agostinho de Palma. Seu noviciado teve a duração de quase três anos, pois sua saúde era frágil. Sua vida de oração era admirável, mas suas provações também foram grandes. Fez seus votos em 1555 e vivia com humildade em meio às demais irmãs. Entanto, suas orações se tornavam cada vez mais intensas, chegando a entrar em êxtases. Recebeu de Deus o dom de perscrutar os corações de modo que suas palavras tocavam as pessoas que imediatamente procuravam emendar suas vidas. Tinha uma grande devoção pela Paixão de Jesus e era bastante comum, ao meditá-la, chorar copiosamente. Vários relatos de milagres operados por sua intercessão, em vida, fizeram com que sua fama corresse por toda a ilha. No entanto, ela desejava a solidão e estar com Jesus: Catarina tinha olhos apenas para o céu. Teve um êxtase duradouro: começara na Paixão, no dia 29 de março e durou até o dia de Páscoa (4 de abril de 1574); após o êxtase, como havia predito, faleceu no dia seguinte, deixando um exemplo de amor, humildade e santa devoção a Deus. Sua canonização se deu sob o pontificado do Papa Pio XI, no dia 22 de junho de 1930.

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