quinta-feira, 11 de março de 2021

EVANGELHO DO DIA 11 DE MARÇO

Evangelho segundo São Lucas 11,14-23. 
Naquele tempo, Jesus estava a expulsar um demónio que era mudo. Logo que o demónio saiu, o mudo falou e a multidão ficou admirada. Mas alguns dos presentes disseram: «É por Belzebu, príncipe dos demónios, que Ele expulsa os demónios». Outros, para O experimentarem, pediam-Lhe um sinal do Céu. Mas Jesus, que conhecia os seus pensamentos, disse: «Todo o reino dividido contra si mesmo acaba em ruínas e cairá casa sobre casa. Se Satanás está dividido contra si mesmo, como subsistirá o seu reino? Vós dizeis que é por Belzebu que Eu expulso os demónios. Ora, se Eu expulso os demónios por Belzebu, por quem os expulsam os vossos discípulos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes. Mas, se Eu expulso os demónios pelo dedo de Deus, então quer dizer que o Reino de Deus chegou até vós. Quando um homem forte e bem armado guarda o seu palácio, os seus bens estão em segurança. Mas, se aparece um mais forte do que ele e o vence, tira-lhe as armas em que confiava e distribui os seus despojos. Quem não está comigo, está contra Mim, e quem não junta comigo, dispersa. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Eudes(1601-1680) 
Presbítero, pregador, 
fundador de institutos religiosos 
O Reino de Jesus,3-4(trad.Breviário) 
«O Reino de Deus chegou até vós» 
Devemos continuar a completar em nós os estados e mistérios da vida de Cristo e pedir-Lhe continuamente que Se digne consumá-los perfeitamente em nós e em toda a sua Igreja. Os mistérios de Jesus não chegaram ainda à sua total perfeição e plenitude. Chegaram certamente à sua perfeição e plenitude na pessoa de Jesus, mas não em nós, que somos seus membros, nem na Igreja, que é o seu corpo místico (cf Ef 5,30). Na verdade, o Filho de Deus deseja prolongar de certo modo os seus mistérios em nós e em toda a Igreja; quer completá-los em nós. Por isso diz São Paulo que Cristo realiza a sua plenitude na Igreja e que todos nós contribuímos para a sua edificação e para a idade da sua plenitude (cf Ef 4,13). E, noutra passagem, diz o mesmo apóstolo que completa na sua carne o que falta à Paixão de Cristo (cf Col 1,24). Deste modo, o Filho de Deus determinou consumar e completar em nós todos os estados e mistérios da sua vida. Quer levar à plenitude em nós o mistério da sua encarnação, do seu nascimento, da sua vida oculta, e realiza-o formando-Se em nós e renascendo em nossas almas pelos santos sacramentos do batismo e da sagrada eucaristia, e fazendo-nos viver uma vida espiritual e interior escondida com Ele em Deus. Quer completar em nós o mistério da sua Paixão, morte e ressurreição, fazendo-nos padecer, morrer e ressuscitar com Ele. Finalmente, quer realizar em nós o estado da sua vida gloriosa e mortal, quando nos fizer viver com Ele e nele uma vida gloriosa e imortal nos Céus. Neste sentido, os mistérios de Cristo não chegarão à sua plenitude senão no fim dos tempos, por Ele determinado para a realização plena dos seus mistérios em nós e na Igreja, isto é, no fim do mundo.

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