domingo, 6 de dezembro de 2020

EVANGELHO DO DIA 6 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo São Marcos 1,1-8. 
Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. Está escrito no profeta Isaías: «Vou enviar à tua frente o meu mensageiro, que preparará o teu caminho. Uma voz clama no deserto: "Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas"». Apareceu João Batista no deserto, a proclamar um batismo de penitência para remissão dos pecados. Acorria a ele toda a gente da região da Judeia e todos os habitantes de Jerusalém, e eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. João vestia-se de pelos de camelo, com um cinto de cabedal em volta dos rins, e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. E, na sua pregação, dizia: «Vai chegar depois de mim quem é mais forte do que eu, diante do qual eu não sou digno de me inclinar para desatar as correias das suas sandálias. Eu batizo na água, mas Ele batizar-vos-á no Espírito Santo». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Gregório,o Taumaturgo
Bispo(213-270) 
 Homilias(Homilia atribuída) 
sobre a sagrada Teofania,4;PG10,1181 
«Não sou digno de me inclinar para 
desatar as correias das suas sandálias»
«Então veio Jesus da Galileia ter com João ao Jordão para ser batizado por ele. João opunha-se, dizendo: "Eu é que tenho necessidade de ser batizado por Ti"» (Mt 3,13-14)]. Na tua presença, Senhor Jesus, não posso calar-me, porque sou a voz, a voz que clama no deserto: «Preparai o caminho do Senhor». Sou eu que tenho necessidade de ser batizado por Ti e Tu vens a mim? Tu, que eras no princípio, Tu, que estavas em Deus e eras Deus (cf Jo 1,1); Tu, que és o resplendor da glória do Pai e a imagem da sua substância (cf Heb 1,3); Tu, que, quando estavas no mundo, vieste aonde já estavas; Tu, que Te fizeste carne a habitaste entre nós (cf Jo 1,14; 14,23), e tomaste a condição de servo (cf Fil 2,7); Tu, que uniste a Terra e o Céu pelo teu santo nome – és Tu que vens a mim? Tu, que és grande, ao pobre que eu sou? O Rei ao precursor, o Senhor ao servo? Conheço o abismo que separa a Terra do Criador. Sei que diferença há entre o pó da terra e Aquele que o modelou (cf Gn 2,7). Sei quão longe está de mim o teu sol de justiça, de mim que sou apenas a lâmpada da tua graça (cf Mal 3,20; Jo 5,35). E, embora Te encontres revestido pela nuvem puríssima do teu corpo, reconheço a minha condição de servo e proclamo a tua magnificência. «Não sou digno de me inclinar para desatar as correias das suas sandálias»; como ousaria, pois, tocar o alto imaculado da tua cabeça? Como ousaria estender a mão para Ti, que «estendeste os céus como um pavilhão» e «estendeste a terra sobre as águas» (cf Sl 103,2; 135,6)? Que oração farei sobre Ti, que até as preces daqueles que Te ignoram acolhes?

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