sábado, 14 de novembro de 2020

EVANGELHO DO DIA 14 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 18,1-8. 
Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos uma parábola sobre a necessidade de orar sempre sem desanimar: «Em certa cidade vivia um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens. Havia naquela cidade uma viúva que vinha ter com ele e lhe dizia: "Faz-me justiça contra o meu adversário". Durante muito tempo ele não quis atendê-la. Mas depois disse consigo: "É certo que eu não temo a Deus nem respeito os homens; mas, porque esta viúva me importuna, vou fazer-lhe justiça, para que não venha incomodar-me indefinidamente"». E o Senhor acrescentou: «Escutai o que diz o juiz iníquo. E Deus não havia de fazer justiça aos seus eleitos, que por Ele clamam dia e noite, e iria fazê-los esperar muito tempo? Eu vos digo que lhes fará justiça bem depressa. Mas quando voltar o Filho do homem, encontrará fé sobre a Terra?» 
Tradução litúrgica da Bíblia  
Venerável Pio XII (1876-1958) papa 
Discurso de 17 de janeiro de 1943, 
aos representantes dos centros de 
apostolado da oração de Itália 
«E Deus não havia de fazer justiça aos seus 
eleitos, que por Ele clamam dia e noite?» 
Ao ver-vos aqui reunidos à nossa volta, parece-nos fazer nossa, revivendo-a, aquela cena grandiosa e comovente que a Sagrada Escritura nos apresenta: enquanto o povo de Deus combate na planície, Moisés reza no alto do monte Horeb, com os braços ao alto, imagem profética e inconsciente do grande Mediador de braços estendidos sobre a cruz. Ao lado do chefe em oração, receando que venham a faltar-lhe as forças neste duro ato de imploração, dois dos seus mais fiéis colaboradores seguram-lhe os braços com filial solicitude, cheios de fé na eficácia da oração do seu chefe (cf Ex 17,8). Também nós assistimos, do alto desta colina do Vaticano, a um conflito incomparavelmente mais vasto e mais importante que aquele, conflito verdadeiramente imenso, que opõe os povos de toda a Terra; conflito espiritual, que é um episódio da luta, permanente e intensa, contra o mal, de Satanás contra Cristo. De mãos estendidas para o céu, sentimos sobre os nossos ombros o peso de uma responsabilidade indizível, e uma dor profunda nos aperta o coração, que encontra conforto em vós, tão fiéis junto de nós, unindo a vossa oração à nossa, os vossos sacrifícios aos nossos sofrimentos, os vossos trabalhos às nossas fadigas. A verdadeira oração do cristão, ensinada a todos por Jesus, mas que é especialmente a vossa, é uma oração essencialmente apostólica, e inclui a santificação do Nome de Deus, a vinda e a extensão do seu Reino, a fiel adesão às disposições da sua Providência amorosa e à sua vontade redentora e beatificadora; bem como todos os interesses espirituais e materiais dos homens, o pão de cada dia, o perdão dos pecados, a união fraterna que não conhece o ódio nem o rancor, o socorro necessário para não sucumbir à tentação, a libertação de todo o mal. Imensa na sua brevidade, a oração dominical compreende e abarca a universalidade das necessidades do mundo; e o Salvador recolhe todas estas necessidades, tomando-as em consideração e recomendando-as ao Pai celeste nos mais pequenos detalhes, pois todos Lhe estamos especialmente presentes. Tal é o vosso modelo.

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