segunda-feira, 14 de setembro de 2020

EVANGELHO DO DIA - 14 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São João 3,13-17. 
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Ninguém subiu ao Céu senão Aquele que desceu do Céu: o Filho do homem. Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho do homem será elevado, para que todo aquele que acredita tenha nele a vida eterna». Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita nele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Gertrudes de Helfta(1256-1301)
Monja beneditina 
«O Arauto», Livro III, SC 143 
Apliquemos a nossa meditação
à Paixão do Senhor 
Gertrudes aprendeu que, quando olhamos para o crucifixo, nos faz bem considerar no fundo do coração que o Senhor Jesus nos diz com voz terna: «Vê como fui suspenso da cruz por causa do amor que te tenho, nu e desprezível, o meu corpo coberto de chagas e todos os meus membros deslocados. E contudo, o meu coração está cheio de uma tal doçura de amor por ti que, se a tua salvação o exigisse e não pudesse ser realizada de outra maneira, aceitaria sofrer hoje por ti tudo o que tu podes ver que sofri por todo o mundo». Estas reflexões devem conduzir-nos à gratidão, porque, a bem dizer, é sempre uma graça de Deus o nosso olhar poisar num crucifixo. Doutra vez em que aplicava o espírito a meditar na Paixão do Senhor, Gertrudes compreendeu que a meditação das orações e das lições relativas à Paixão do Senhor é de uma eficácia infinitamente maior que qualquer outro exercício. Pois, tal como é impossível tocar na farinha sem ficar com pó nas mãos, assim também é impossível pensar, por pouco fervor que se tenha, na Paixão do Senhor, sem daí retirar algum fruto. Mesmo aquele que se limita a uma leitura corrida da Paixão dispõe a sua alma, no mínimo, para receber o fruto correspondente, de tal maneira que a simples atenção de quem se exercita na recordação da Paixão de Cristo lhe é mais proveitosa que seria a outro uma atenção mais sustentada, mas não ocupada na Paixão do Senhor. Por isso, tenhamos sem cessar o cuidado de aplicar com frequência a nossa meditação à Paixão de Cristo, e que ela se torne para nós como um raio de mel na boca, uma melodiosa toada no ouvido, um cântico de alegria no coração.

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