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| PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA REDENTORISTA 52 ANOS CONSAGRADO 44 ANOS SACERDOTE |
Somos chamados a passar pela porta estreita, a Palavra de Deus dá-nos as medidas desta porta. E a temática hoje nos conduz à humildade. Ressoa em nosso coração as palavras: “quem se humilha será elevado”.
Estamos sempre com o Jesus do evangelho entrando na contramão do mundo. Contudo lembremos que Jesus reza: “Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci” (Jo 17,25).
Há duas faces na humildade:
O evangelho convida a sempre agir com humildade, não procurando aparecer nos primeiros lugares, como no caso dos convidados à festa. Isto é confirmado pela leitura que dá uma bela característica do humilde: mansidão.
O humilde agrada mais que o generoso.
Humildade é sinal de inteligência, pois nos abre ao acolhimento da sabedoria. O mal do orgulhoso não tem remédio. A outra face da humildade é a fazer o acolhimento dos humildes e não viver só para agradar os grandes. Esta atitude de agradar para aparecer e ser retribuído não faz parte da caridade humilde. É troca de favores e interesses.
A palavra humildade parece indicar situação de inferioridade, pequenez, insuficiência e até ignorância.
Quem é o maior humilde?
É o próprio Deus, pois dizia S. Teresa que a humildade é a verdade. Jesus, que é manso e humilde de coração, se chama de verdade: “eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6).
A humildade de Deus é a manifestação do ser que Ele é: sem prepotências, com mansidão, misericórdia e amor.
Na pessoa de Jesus a divindade manifestou a face amorosa e humilde do Pai. A outra realidade da humildade trinitária é o mútuo acolhimento. Cada uma das Pessoas se faz total acolhimento da outra Pessoa Divina. Este eterno acolhimento é a expressão total da Unidade na Trindade. Esta vida divina foi-nos comunicada não como uma verdade intelectual, mas na prática amorosa e misericordiosa de Jesus que faz o banquete da vida convidando os fracos e humildes.
Resultados da humildade em nossa vida: Deus revela seus mistérios. “Deus resiste aos soberbos e dá sua graça aos humildes” (Tg 4,6).
Os orgulhosos não se dão bem na Igreja por causa de humildade. Todo este ensinamento não é uma teoria, mas faz-nos “tocar a cidade de Deus”, como diz a leitura. Ela nos coloca no próprio ser de Deus que é humildade.
Se as pessoas cultivassem a humildade em si e no acolhimento dos necessitados, seria tão diferente nosso mundo. Acabaria todo o sofrimento de milhões para satisfazer a uns poucos doentes mentais do orgulho.
Maria é o modelo: “Minha alma engrandece o Senhor porque olhou para a humilhação de sua serva, pois o Todo-poderoso fez em mim grandes coisas” (Lc 1, 46-49).
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